“A ambição do PSD deve ser, mais uma vez, de construir uma solução reformista maioritária na sociedade e no país. Sem contemporizações ou complacências com o imobilismo e as soluções fracassadas dos nossos adversários, focando-nos no passo fundamental para o virar de página e cuja responsabilidade também é nossa: vencer as próximas eleições e substituir o atual governo do PS”, refere Alexandre Poço num artigo de opinião no jornal Público de hoje intitulado “O PSD e o futuro”.
Na perspetiva do também deputado à Assembleia da República, nas eleições internas do PSD, “Paulo Rangel tem as condições, o perfil e a vasta experiência política e profissional para liderar a nova maioria do centro para a direita”.
As eleições diretas para presidente da Comissão Política Nacional do PSD estão marcadas para sábado, 27 de novembro, e são candidatos o atual presidente Rui Rio e o eurodeputado Paulo Rangel. Também o ex-candidato do PSD à Câmara de Alenquer, Nuno Miguel Henriques, manifestou também a intenção de disputar a liderança do PSD.
Para Alexandre Poço, no “ciclo político eleitoral que culmina com as eleições de 30 de janeiro de 2022”, o PSD tem a responsabilidade de “dar esperança à sociedade portuguesa e canalizar o descontentamento geral para um programa ambicioso de convergência europeia, crescimento e mobilidade social”.
A crise provocada pelo chumbo do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) é, na opinião do líder da JSD, “também o corolário de um Governo que existiu apenas para se preservar no Governo, sem vontade reformista”.
“Para olhar para a frente, o primeiro passo é não sujeitar mais o país aos jogos de poder de António Costa e substituir este Governo situacionista por um Governo reformista. É tempo de afirmar e construir uma alternativa do centro para a direita, que não deseje ser Governo apenas para gerir o presente, mas para dar respostas corajosas e ambiciosas aos desafios do futuro”, apontou.
Nas últimas eleições diretas do PSD, Alexandre Poço era apoiante de Miguel Pinto Luz, mas, com a realização de uma segunda volta entre Luís Montenegro e Rui Rio, declarou apoio a Montenegro.
Já nas diretas de 2018, enquanto presidente da JSD Distrital de Lisboa, declarou apoio a Pedro Santana Lopes, que então disputou a liderança do PSD também com Rui Rio.
O prazo para a apresentação de candidaturas para as diretas do PSD de sábado termina na próxima segunda-feira e estas têm de ser acompanhadas de 1.500 assinaturas e de uma moção de estratégia global.
O 39.º Congresso do PSD está agendado para entre 17 e 19 de dezembro em Lisboa.
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