As fontes não confirmaram se Casado tenciona candidatar-se à reeleição no congresso ou se, pelo contrário, se vai demitir do cargo nas próximas horas.
Líderes, ‘barões’ regionais e deputados do PP aguardam com ansiedade a decisão de Casado, que hoje ficou praticamente sem apoio no partido e é até considerado por alguns como descartado.
Ao longo do dia, surgiram rumores de que a decisão de demissão já foi tomada ou que é iminente. Fontes próximas de Casado negam fortemente e excluem a possibilidade de que o próprio apareça esta tarde para fazer o anúncio publicamente.
Também negam que tenha chegado a acordo com os barões regionais para apresentar a demissão na quarta-feira, depois da reunião que terá com eles durante a tarde.
Ausência confirmada nessa reunião é a da outra protagonista desta crise, a presidente do governo da Comunidade de Madrid, Isabel Díaz Ayuso, já que não é a presidente regional do partido.
Na semana passada, Díaz Ayuso acusou o seu partido de tentar destruí-la de forma “cruel”, sustentando que o PP e o seu líder, Pablo Casado, estão a fazer manobras para a desacreditar “pessoal e politicamente” e a tentar ligá-la à corrupção a partir do “anonimato”, “sem provas” e envolvendo a sua família.
A liderança nacional do PP estaria a investigar desde outubro passado um contrato de 1,5 milhões de euros relacionado com o irmão da presidente de Madrid, tendo-lhe pedido explicações sobre as possíveis irregularidades.
A investigação teria sido feita ao irmão da líder de Madrid, Tomás Díaz Ayuso, e pretendia, entre outras coisas, obter uma declaração da sua conta bancária pessoal, bem como a lista dos fornecedores da empresa Priviet Sportive, à qual a Comunidade de Madrid adjudicou em abril de 2020 um contrato direto de 1,5 milhões de euros para a compra de máscaras FFP2 e FFP3.
Na segunda-feira, Díaz Ayuso rejeitou que haja “uma guerra de interesses” com o líder do partido, uma vez que o seu lugar “é Madrid”.
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