“Os iemenitas atacaram os principais canais do regime sionista e não temem as ameaças dos Estados Unidos, porque uma pessoa temente a Deus não teme ninguém a não ser Deus”, disse Khamenei, durante um evento com clérigos iranianos.
Sobre os ataques dos rebeldes xiitas e pró-Teerão, o líder iraniano afirmou que “o que eles fizeram é verdadeiramente um exemplo de luta pela causa de Deus” e disse esperar que “estas batalhas, atos de resistência e ações continuem até que a vitória seja alcançada”, de acordo com uma transcrição dos seus comentários fornecida pelo seu gabinete, na sua página oficial na Internet.
Ali Khamenei referiu-se também à ofensiva israelita contra a Faixa de Gaza, em curso desde os atentados do movimento islamita palestiniano Hamas contra Israel, em 07 de outubro.
“Os oprimidos e fortes habitantes de Gaza conseguiram influenciar o mundo com as suas batalhas. Hoje, o mundo vê estas pessoas, os seus combatentes e a sua resistência, como heróis”, considerou.
“Ninguém no mundo acredita hoje que o regime sionista maléfico e usurpador tenha ganhado a guerra em Gaza”, disse, acrescentando que “a opinião global e a opinião dos políticos do mundo é que o regime é repressivo, brutal e um lobo sedento de sangue que perdeu a batalha e está a desintegrar-se”.
As declarações de Khamenei surgem na sequência dos bombardeamentos dos Estados Unidos da América (EUA) e do Reino Unido no Iémen, na semana passada, que mataram cinco pessoas, como parte da resposta dos dois países aos ataques dos rebeldes Houthis a navios no Mar Vermelho.
Após as ações dos EUA e do Reino Unido, o movimento rebelde iemenita afirmou que “todos os interesses” destes dois países “se tornaram alvos legítimos”, reiterando que vai continuar os seus ataques contra navios israelitas ou navios que se dirigem a portos israelitas “para acabar com o cerco, parar a agressão e a guerra de extermínio contra Gaza e conseguir a entrega de alimentos, medicamentos e combustível [à Faixa]”.
Os Houthis, apoiados pelo Irão, controlam a capital do Iémen, Sana, e outras áreas no norte e oeste do país desde 2015.
O grupo respondeu à ofensiva israelita contra a Faixa de Gaza atacando navios com alguma ligação a Israel – com mais de 25 ataques até à data – incluindo o sequestro do navio “Galaxy Leader”.
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