Em 2020, o centro de contacto do Serviço Nacional de Saúde (SNS24) bateu todos os recordes ao atender 4 milhões de chamadas, o triplo de 2019. E, na primeira semana de 2021, em média, foram recebidas 27 mil telefonemas em novembro — valores que se aproximam daqueles verificados em durante a segunda onda no país.
Segundo a edição desta segunda-feira do Público, a linha SNS24 em apenas dois meses de 2020 atendeu mais chamadas do que no ano anterior e fez quatro quatro milhões de atendimentos, o triplo de 2019. Ao jornal, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) salientam que no SNS (808 24 24 24) só em outubro e novembro foram "atendidas 1.424.946 chamadas, um número que é praticamente igual ao de 2019 (1.485.808)".
O diário dá conta de que se a procura continuar como se tem verificado nesta primeira semana de 2021, o SNS24 deverá voltar a bater recordes já em janeiro, nomeadamente porque nos últimos dias os novos casos de infeção estiveram na fasquia dos dez mil por dia, sendo que já se verifica alguma demora para que a chamada seja atendida — o que leva às pessoas a desligarem poucos minutos depois.
No final de dezembro, numa entrevista à Agência Lusa, o presidente do SPMS, Luís Goes Pinheiro, deu conta de o número de chamadas atendidas foi superior a 3,670 milhões em 2020 e que existiu um reforço de pessoal para fazer face à procura.
"Temos mais de 5.600 profissionais de saúde a prestar atendimento na linha SNS24. Uns residentes nos sete ‘call-centers’ que hoje existem espalhados pelo país e outros à distância, com equipamentos que permitem prestar esse apoio à linha a partir de suas casas ou de outros locais. Essa é a grande diferença: no início da pandemia, o número de profissionais de saúde não chegaria a 1.000 e hoje serão mais de 5.600", observou na altura.
Instado a perspetivar o SNS24 para este ano, Luís Goes Pinheiro manifestou-se confiante de que o serviço permaneça uma referência para os cidadãos.
"Espero que a experiência de contacto dos utentes com a linha SNS24 – que na maioria dos casos tem sido muito positiva – não termine com a pandemia e seguramente não terminará, agora fará parte da vida dos portugueses de forma continuada”, reiterou. E sentenciou: “Que se mantenha num contexto muito próximo da realidade que encontrou até aqui e que depois continue a encaminhar os cidadãos para a unidade de saúde mais adequada", disse.
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