Em comunicado, a Câmara da Lousã, no distrito de Coimbra, diz ser “muito importante o reforço da intervenção na eliminação” dos ninhos daquela vespa de origem asiática, um trabalho que tem sido realizado com a colaboração dos Bombeiros Municipais da Lousã e Voluntários de Serpins.
Entretanto, segundo a nota, o município liderado por Luís Antunes foi contemplado com um apoio de 10 mil euros, na sequência de uma candidatura às verbas do Estado para a destruição desses ninhos, num concelho onde funciona a sede da Cooperativa Lousãmel.
“A medida insere-se no eixo de intervenção ‘Funções ecológicas, sociais e culturais da floresta’, do Fundo Florestal Permanente, e visa apoiar financeiramente os municípios na tarefa de deteção e destruição dos ninhos de vespa velutina”, que tem dizimado colmeias em várias regiões de Portugal.
“Tem havido queixas dos apicultores e de que maneira”, disse à agência Lusa, há um ano, o presidente da Lousãmel, António Carvalho.
A gestão da denominação de origem controlada (DOP) Serra da Lousã está confiada a esta cooperativa, em representação do Estado, abrangendo os municípios de Lousã, Miranda do Corvo, Penela, Figueiró dos Vinhos, Pedrógão Grande, Castanheira de Pera, Pampilhosa da Serra, Arganil, Góis e Vila Nova de Poiares, nos distritos de Coimbra e Leiria.
Alguns associados “até dizem que desistem” da atividade apícola, alertou aquele produtor e dirigente.
“Muitas colmeias vão ao ar”, segundo António Carvalho, que, depois dos incêndios e da instabilidade climática, lamentou mais esta ameaça à produção do mel certificado da Serra da Lousã.
A vespa velutina “veio trazer transtornos muito grandes” ao setor, o que obrigará a “alterações no maneio” das colmeias.
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