“Há mais de mil milhões de euros que estão por executar. São milhões que já deveriam estar na mão dos agricultores, que permitiam a realização de investimentos e produção de resultados, que tanta falta fazem ao mundo rural, às famílias e às empresas”, afirmou o presidente da CAP, Eduardo Oliveira e Sousa, que falava na sessão de encerramento do 10.º Colóquio Nacional do Milho, que decorreu em Coimbra.

Aproveitando a presença da ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque, o responsável da CAP lançou um “forte apelo” para que o assunto tenha a atenção do Governo.

Para Eduardo Oliveira e Sousa, a questão não se resume apenas ao “dinheiro que faz falta aos agricultores”, mas também à negociação do novo orçamento plurianual da União Europeia, em que se está “a tentar que não haja cortes” na Política Agrícola Comum (PAC).

“Como podemos defender o desejado orçamento se os objetivos a que nos propusemos não foram alcançados?”, questionou.

Durante a intervenção, o presidente da CAP voltou a frisar que os agricultores estão “muito apreensivos” face ao futuro orçamento plurianual, em que o bloco do Centro e Norte da Europa continua a insistir num corte na PAC, assim como a possibilidade da “eliminação do mecanismo de convergência”.

“A CAP acompanha com apreensão este tema, porque manterá ou agravará o fosso entre agricultores dos países mais ricos, no Norte, e os países pobres e mais desfavorecidos a Sul e a Leste da União”, notou.

Para Eduardo Oliveira e Sousa, será “difícil derrubar a barreira dos países nórdicos”, mas pediu ao Governo para ser inflexível “até ao limite do razoável”, nas negociações do orçamento.

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