A Unidade Especial da Polícia foi obrigada a intervir perto das 18h00 sobre manifestantes de ambos os lados para os separar, constatou a Lusa no local. Depois de separar os dois grupos a PSP usou momentaneamente bastões sobre estes manifestantes.

Os confrontos ocorreram após cerca de meia hora de provocações mutuas entre os dois movimentos que se encontravam separados por poucos metros. Além de cânticos, houve arremesso de balões com tinta, tochas e potes de fumo.

Na sequência dos incidentes, a PSP alargou o perímetro de segurança, afastando também turistas que se encontravam no local.

Quem são estes manifestantes?

A concentração dos movimentos antifascistas começou a partir das 16h00 e pelas 17h30 já reúnia uma centena de pessoas, tendo sido remetida pelas autoridades para o lado direito do monumento nacional. Foi deste lado que foram colocadas várias tarjas, nas quais se podem ler mensagens como “Ninguém é ilegal” ou “Eu existo com ou sem visto”, estando desde o início a tocar música ou a entoar cânticos antirracistas.

No outro lado do Padrão estavam também pelas 17h30 algumas dezenas de manifestantes do Grupo Nacionalista 1143 com uma faixa identificativa do movimento. Esta manifestação estava prevista para as 18h00, mas os manifestantes, incluindo o nacionalista Mário Machado, chegaram mais cedo.

Em declarações à Lusa esta manhã, o porta-voz da PSP, Sérgio Soares, assumiu o “policiamento reforçado” para o local.

“Tendo em conta o espetro diferente destas manifestações, que são antagónicas, vamos ter policiamento reforçado a partir do início da tarde. Vai estar presente o comando metropolitano de Lisboa, com equipa de intervenção rápida, divisão de trânsito, para eventuais cortes ou condicionamentos de trânsito, e uma reserva do corpo de intervenção da unidade especial de polícia, junto à Praça do Império, para prevenir eventuais incidentes”, disse.

*Com Lusa