O chefe de Estado, que começou o seu mandato com um encontro ecuménico na Mesquita de Lisboa e tem elogiado a comunidade islâmica em Portugal, divulgou esta mensagem na página da Presidência da República na Internet, hoje ao final do dia.
Saudando “calorosamente” todos os muçulmanos em Portugal neste início de Ramadão, Marcelo Rebelo de Sousa refere que começa agora “o tempo essencial do calendário islâmico, um tempo de disciplina espiritual e de vivência da fé”.
“É também um momento privilegiado de reconciliação e de paz, de renovação da fé e de prática da caridade, da fraternidade e de valorização da família. Essa é a mensagem essencial inscrita no Corão e o ensinamento mais profundo que nos legou o profeta Maomé”, prossegue.
O Presidente da República afirma que “é essa a mensagem que as comunidades islâmicas seguem e devem seguir em todo o mundo”.
“A todos os nossos irmãos muçulmanos envio as mais fraternas saudações, na partilha dos valores universais da tolerância e da paz e no respeito pela diversidade e pelos outros, a quem estamos unidos em comunhão de humanidade”, acrescenta.
Também hoje, numa outra nota, o Presidente da República felicitou “vivamente” o historiador Filipe Ribeiro de Meneses pela sua designação como membro da Academia Real Irlandesa, que considerou ser “um motivo de orgulho para a comunidade científica nacional”.
O Ramadão é um período de jejum – que deve ser cumprido entre a alvorada e o por do sol – e de maior dedicação à espiritualidade, celebrado anualmente no nono mês do calendário islâmico.
Em Portugal, onde há cerca de 50 mil muçulmanos, cinquenta mesquitas e lugares de culto serão um espaço de oração durante este mês, em especial à noite, disse à Lusa o imã da Mesquita de Lisboa.
“É o milagre do Ramadão, é o poder espiritual que o Ramadão tem. Tentamos que todas as leituras do Alcorão sejam feitas nessas 30 noites”, declarou o xeque David Munir.
Na Mesquita Central de Lisboa, adiantou o imã, serão servidas mil refeições grátis, e outras mil confecionadas para mesquitas que o pedem.
“Um dos objetivos do jejum é valorizar o que nós temos, e sentir na pele o que outro não tem. Não é algo novo inventado pelo profeta Maomé, mas é um mês de sacrifício de reflexão e dos muçulmanos pensarem e refletirem, é um mês em que as pessoas se tornam generosas”, considerou.
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