José Belo afirmou que, “fartos do 'nim'” que recebem como resposta da Infraestruturas de Portugal há vários anos, os utilizadores deste troço do IC2 decidiram avançar com um protesto, dado o estado inaceitável em que se encontra esta estrada, para exigir uma intervenção imediata.
“Basta circular entre a Benedita e Aveiras para perceber as várias armadilhas”, disse, salientando o número de mortos e feridos graves em acidentes provocados pelas más condições da via.
Segundo José Belo, o grupo de utentes que organizou a marcha lenta acredita que, “se pelo menos um familiar de cada pessoa morta ou ferida gravemente” nesta estrada, se juntar ao protesto, esta será certamente “uma manifestação muito grande”.
“Quem tem filhos, pais, familiares ou amigos que vá viajar no IC2 tem sempre o coração nas mãos”, declarou.
O grupo afirma contar com a solidariedade dos municípios de Alcobaça (distrito de Leiria), Rio Maior (Santarém) e Azambuja (Lisboa), tendo articulado o protesto com a Guarda Nacional Republicana.
A marcha partirá às 07:00 de sexta-feira do café Bigodes, na Benedita, em direção à rotunda de acesso à A1 em Aveiras, de onde sairá de novo, cerca de duas horas depois, de regresso ao ponto de partida.
O IC2 liga Lisboa ao Porto, funcionando como uma variante à Estrada Nacional n.º 1. A elevada sinistralidade tem motivado vários apelos ao longo dos últimos anos, incluindo na Assembleia da República, a exortar para uma “requalificação urgente” dos troços mais perigosos do IC2.
O Programa Nacional de Investimentos 2030 inclui uma verba destinada ao IC2 em Alenquer, Condeixa e Leiria.
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