Após ser divulgado o tema do primeiro episódio da segunda série de "Vidas Suspensas" da SIC — denominado “O amor cego de Francisco por Maria Leal" —, em que Francisco d´Eça Leal acusa a mulher de "vender ao desbarato" o seu património, a cantora reagiu ao sucedido na sua conta de Facebook.
Assim, a cantora informa que vai "recorrer às instâncias competentes para ver reposto" o seu "bom nome". Maria Leal ira avançar "a nível criminal, uma vez que são tudo inverdades", "nada mais são do que uma clara difamação", diz. Mais acrescenta que não irá prestar "qualquer declaração sobre o assunto, a não ser no local próprio".
Contactado pelo SAPO24, o advogado de Maria Leal, José Paulo Pinho, afirma que "isto é um caso de difamação grave" e que vão "avançar judicialmente". "É tudo falso", reitera. "Mesmo com a transmissão do programa não temos mais nada a acrescentar. Quando houver uma decisão judicial nós falamos", disse.
Francisco d´Eça Leal herdou uma fortuna e hoje vive da ajuda da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. O que levou a esta situação, segundo o próprio, foi alegadamente um casamento de três anos com a cantora Maria Leal, conhecida pelas suas participações em reality shows televisivos e na Internet. Francisco diz ter visto desfazer-se uma herança avaliada em mais de um milhão de euros. “Fui pateta, um jovem pateta…, fiquei cego por causa do amor”, confessa a Sofia Pinto Coelho em entrevista para o programa.
Antes de morrer, Paulo Guilherme d´Eça Leal, pai de Francisco, expressou em testamento a sua maior preocupação: garantir o futuro do filho mais novo. Na altura, Francisco era um jovem com problemas de esquizofrenia e que corria também sérios riscos de ficar paraplégico, depois de se ter atirado de uma janela do hospital Júlio de Matos.
Assim, com apenas 21 anos, Francisco d'Eça Leal ficou detentor de uma pequena fortuna: mais de 500 mil euros em dinheiro, quatro apartamentos em Campo de Ourique, Lisboa, além do recheio das casas e do vasto espólio artístico do pai (trabalhos de pintura, escultura, gravuras, ilustrações).
Ao casar com Elisabete Rodrigues — agora conhecida como Maria Leal —, vinte anos mais velha e que depois do casamento assumiu o apelido do marido, a vida de Francisco mudou. Da herança resta-lhe o apartamento, onde vive sozinho, com o apoio da mãe e da Santa Casa da Misericórdia. Todos os outros bens, avaliados em mais de um milhão de euros, foram gastos durante os primeiros anos de casamento.
Na queixa-crime que apresentou contra a mulher, a par de um processo de divórcio que ainda decorre, Francisco acusa Maria Leal de se ter aproveitado da sua situação de dependência e de fragilidade emocional para “vender ao desbarato” o património. Francisco afirma que durante o seu casamento viveu quase sequestrado. “Na altura não me queria separar, não queria acabar a nossa relação, então, fazia tudo o que ela me pedia para fazer. Cortei relações com os meus amigos, com a minha mãe.”
O programa ‘Vidas Suspensas’, assinado por Sofia Pinto Coelho e com apresentação e locução de Ribeiro Cristóvão está de regresso à SIC na próxima terça-feira, 16 de outubro, no Jornal da Noite.
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