No programa da Universidade de Verão do PSD, iniciativa de formação política de jovens que decorre desde segunda-feira e termina no domingo em Castelo de Vide (Portalegre), estava indicado que o último jantar-conferência seria com um convidado ou convidada surpresa.
Apesar de alguns órgãos de comunicação social terem noticiado que seria Maria Luís Albuquerque essa surpresa, os jornalistas só tiveram a confirmação quando a antiga ministra das Finanças de Pedro Passos Coelho saiu do carro.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou na quarta-feira que o Governo português iria indicar a ex-ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque para o cargo de comissária europeia, nome que mereceu críticas de toda a esquerda, incluindo de várias figuras do PS, que associaram a antiga governante ao período da austeridade e da ‘troika’.
À chegada a Castelo de Vide, foi recebida pelo diretor da Universidade de Verão, o antigo eurodeputado Carlos Coelho, e pela ministra da Juventude Margarida Balseiro Lopes e não respondeu a perguntas da comunicação social, dizendo apenas "boa tarde" em resposta aos jornalistas. Na sala, foi recebida pelos alunos com aplausos de pé.
No jantar-conferência, o orador faz uma intervenção inicial e responde, depois, a dez perguntas dos jovens que participam na iniciativa de formação dos sociais-democratas.
Maria Luís Albuquerque, 56 anos, foi ministra de Estado e das Finanças durante o período em que Portugal estava sob assistência financeira da ‘troika’, sucedendo a Vítor Gaspar em julho de 2013 e mantendo-se até final do executivo liderado por Pedro Passos Coelho.
No PSD, foi vice-presidente durante a liderança de Passos Coelho e cabeça de lista dos candidatos a deputados pelo PSD em Setúbal em 2011 e 2015.
Atualmente é membro do Conselho Nacional do PSD – segundo nome da lista da direção de Luís Montenegro, logo a seguir a Carlos Moedas -, e membro do Conselho de Supervisão da subsidiária europeia da empresa norte-americana Morgan Stanley.
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