Segundo o porta-voz do ramo, foram formalizadas 357 candidaturas, 13 das quais de mulheres, para 230 vagas na categoria de praças e 171 candidaturas, 12 de mulheres, para 12 vagas na categoria de oficiais.
Em declarações à Lusa, o comandante Coelho Dias afirmou que o número de mulheres a formalizar a candidatura àquela formação "foi o mais alto de sempre". Contudo, até hoje nenhuma mulher iniciou sequer o período de provas, desistindo antes de o processo se iniciar.
"Estes números geram-nos alguma expetativa", admitiu, frisando que o incentivo a uma maior participação das mulheres na vida militar e em particular na Marinha tem sido uma prioridade do ramo.
As provas de classificação e seleção decorrem de 16 de outubro a 03 de novembro, prevendo-se a incorporação a 08 do mesmo mês, seguindo-se 25 dias de recruta, que abrange as áreas de socorrismo, armamento e tiro ligeiro, educação física, natação e organização.
Os que completarem a primeira fase vão frequentar o curso de 180 dias úteis, com formação "em operações anfíbias, operações de combate em terra, armamento e tiro e fisiologia e motricidade".
Durante o curso, adiantou Coelho Dias, serão realizados 16 exercícios de campo onde são postos em prática "por etapas as perícias específicas de combate adquiridas ao longo da formação".
"O curso termina com o exercício Mar Verde, conduzido em exclusivo pelos formandos e com uma duração ininterrupta de dez dias no mar e no mato", com uma descida do rio Sado em botes a remos entre Alcácer do Sal até Tróia e uma marcha de 50 quilómetros, disse.
O concurso aberto para 242 vagas (230 praças e 12 oficiais) é o maior do ano e visa suprir necessidades da Marinha, que conta atualmente com um corpo de fuzileiros de 1.130 militares, 92 oficiais, 269 sargentos e 769 praças. Do total, 694 pertencem ao quadro permanente e 75 estão em regime de contrato, indicou o porta-voz.
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