Luís Belo Costa, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), referiu que as ocorrências foram registadas entre a meia-noite e as 10h desta sexta-feira, "período em que começou a vigorar este estado de alerta especial".

"Estas ocorrências não têm nada de significativo do ponto de vista da gravidade, são ocorrências [como] num dia normal de inverno, tanto que são essencialmente quedas de árvores, quedas de estruturas e lavagens de pavimento. São ocorrências que decorrem essencialmente do vento forte e de alguma precipitação", explicou.

Os distritos mais afetados neste momento são Vila Real e Viseu. Todavia, "é expectável" que Viana do Castelo, Bragança, Guarda,  Castelo Branco e Coimbra "venham a ser afetados sobretudo pela queda de neve", bem como o norte alentejano, nomeadamente Portalegre, "mas com menos probabilidade".

O mau tempo que se vai fazer sentir no continente pelo menos até à madrugada do próximo domingo surge na sequência da passagem em Portugal continental da depressão Dora.

Belo Costa destacou ainda "quatro factores meteorológicos que concorrem para a elevação deste estado de alerta especial: o vento forte, a agitação marítima que afeta todos os distritos do continente na orla costeira, a queda de neve que afeta essencialmente os distritos do interior e do norte do país, até aos 600 metros, (...) e a temperatura baixa", que causa desconforto térmico, enumerou.

Relativamente às temperaturas, a Proteção Civil alerta ainda para os cuidados a ter com as lareiras e com os guarda-fogo, para "evitar que as pessoas não se queimem, não se aproximem demasiado", nem exista "intoxicação com monóxido de carbono".

A ANEPC recomenda ainda à população que garanta a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais, que adote uma condução defensiva, face à possibilidade de formação de lençóis de água e gelo nas vias, que evite circular em vias com acumulação de neve e que tenha especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas sujeitas a inundações rápidas.

O IPMA colocou sob aviso vermelho, o mais grave de uma escala de quatro, os distritos de Lisboa e Leiria devido à previsão de agitação marítima forte na sequência dos efeitos da depressão Dora em Portugal continental.

Estes dois distritos vão estar sob aviso vermelho, o mais grave de uma escala de quatro, entre as 12:00 e as 21:00 de hoje por causa da agitação marítima, prevendo-se ondas de noroeste com 7 a 8 metros de altura significativa, podendo atingir 14 metros de altura máxima.

O aviso vermelho corresponde a uma situação meteorológica de risco extremo. Nesta situação, o IPMA recomenda que as pessoas se mantenham ao corrente da evolução das condições meteorológicas e sigam as orientações da proteção civil.

Por causa da agitação marítima forte, o IPMA colocou também a costa dos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Setúbal, Beja e Faro, o norte da Madeira e Porto Santo sob aviso laranja até às 00:00 de domingo.

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