A administração confirmou, em comunicado, que se registou “um incidente no dia 4 (terça-feira) envolvendo um médico no serviço de urgência da unidade hospitalar de Vila Real, o qual resultou em ferimentos ligeiros no profissional”.
Em consequência deste incidente, acrescentou, a segurança do centro hospitalar “sanou de imediato o conflito e acionou as autoridades (PSP), que se deslocaram ao local e tomaram conta da ocorrência”.
Não obstante “ser um caso isolado”, o conselho de Administração refutou “este tipo de conduta”, manifestou a “sua solidariedade” para com o profissional e informou que “disponibilizou o apoio necessário”.
A agência Lusa contactou a PSP que confirmou ter sido chamada na terça-feira à noite à urgência do hospital, tomando conta da ocorrência e participando o caso ao Ministério Público.
A Polícia referiu que, quando os agentes chegaram ao local, o alegado agressor já não se encontrava no hospital.
Alguns órgãos de comunicação social avançaram hoje que a alegada agressão, designadamente um murro na cara do médico, terá ocorrido depois da morte da mulher do suspeito, naquela unidade hospitalar.
Nas últimas semanas têm sido noticiados vários casos de agressões a profissionais de saúde em hospitais.
O Fórum Médico, que reuniu no dia 29 de janeiro, em Lisboa, decidiu que vai responsabilizar a ministra da Saúde por inação por todos os casos de violência que aconteçam no SNS, bem como pedir reuniões urgentes ao primeiro-ministro, ao Presidente da República, aos líderes parlamentares da Assembleia da República e às comissões parlamentares de Saúde e de Assuntos Constitucionais.
O Fórum Médico agrega a Ordem dos Médicos, os sindicatos e várias associações e sociedades médicas.
No dia a seguir, o Ministério da Saúde anunciou que a violência contra profissionais de saúde vai ser considerada um crime de investigação prioritária através da próxima proposta de lei de política criminal.
Durante a apresentação do Plano de Ação para a Prevenção da Violência no Setor da Saúde, o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, referiu que, em articulação com o Ministério da Justiça, a intenção é consagrar como crime de prevenção e de investigação prioritária as agressões praticadas contra o sistema de saúde e todos os seus profissionais.
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