Dois cirurgiões do hospital Amadora-Sintra fizeram queixas à Ordem dos Médicos devido a 22 intervenções cirúrgicas realizadas naquela unidade hospitalar e que resultarem em mortes ou pessoas mutiladas, revela esta sexta-feira o jornal Expresso.
Estes casos terão ocorrido em 2022 e diz o jornal foram comunicados à direção do Amadora-Sintra e a queixa posteriormente enviada à Ordem dos Médicos. Numa missiva, um dos médicos salientou que seria seu “dever ético, profissional, pessoal, de cidadania alertar para que existem situações de prejuízo de vida e qualidade de vida graves, com mortalidade e mutilações desnecessárias, evitáveis, que resultam de uma prestação de cuidados ao doente cirúrgico que não coincide com a legis artis”.
O Expresso revela ainda informações de casos que ocorreram, como por exemplo "um doente com cerca de 60 anos operado ao baço sem ter indicação para a cirurgia programada e que morreu “exsanguinado, com perto de 15 transfusões”, logo após a intervenção, ou outro, também com perto de 60 anos, operado ao pâncreas por suspeitas de tumor que não existia.
A administração do hospital confirmou ter recebido as denúncias no passado dia 6 de outubro de 2022, tendo depois comunicado à Ordem dos Médicos.
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