O pai e a madrasta da menina foram detidos no domingo, indiciados dos crimes de homicídio qualificado e profanação de cadáver.
Em resposta à agência Lusa, a CPCJ de Peniche, no distrito de Leiria, esclareceu que a criança foi sinalizada em abril de 2019, depois de ter fugido da casa do pai e ter sido encontrada pelas autoridades policiais logo de seguida.
Um mês depois, o processo foi arquivado.
"Tendo em conta os factos sinalizados e a informação recolhida à data, entendeu a CPCJ que não havia situação que justificasse a necessidade da aplicação de medida de promoção e proteção", justificou a CPCJ.
Após essa data, a CPCJ não voltou a sinalizar a criança.
Questionada sobre os três menores, filhos do casal indiciado dos crimes de homicídio qualificado e profanação de cadáver, a CPCJ informou que o processo relativo à sua guarda foi remetido para decisão ao Tribunal de Família e Menores de Caldas da Rainha.
A criança, de 9 anos, que se encontrava desaparecida desde quinta-feira, após denúncia do pai à GNR, foi encontrada morta no domingo pela Polícia Judiciária (PJ), depois de ter sido vítima dos alegados crimes de homicídio e ocultação de cadáver.
A PJ deteve o pai, de 32 anos, e a madrasta, de 38, como sendo os principais suspeitos, após interrogatórios e provas recolhidas, e reconstituiu o crime com a sua colaboração.
A criança terá sido morta na tarde de quarta-feira dentro da moradia da família e o corpo levado depois para um eucaliptal, a seis quilómetros, já na freguesia de Serra d'el Rei, pertencente ao mesmo concelho, onde foi tapado com arbustos.
A menina residia com a mãe, mas estaria a viver com o pai no atual contexto da pandemia.
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