De acordo com o Boletim Climatológico do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), disponível hoje na página da Internet, maio foi um mês “extremamente quente e seco” e é o mais quente desde 1931, igualando maio de 2011.
O IPMA destaca também que no período de 17 a 31 em diversas estações da rede de observação de superfície verificou-se a ocorrência de uma onda de calor, de norte a sul do território do continente.
Esta onda teve início nos dias 17, 18 de maio e durou até ao final do mês, prolongando-se nalgumas estações do nordeste do país até aos primeiros dias de junho.
Segundo o IPMA, esta onda de calor teve uma duração máxima de 16/17 dias e pode ser considerada como uma das mais longas e com maior extensão territorial para o mês de maio.
O Instituto destaca também que durante o mês foram registados valores muito altos da temperatura do ar, que foram muito superiores aos valores normais, na segunda quinzena de maio, em particular a partir do dia 17.
“De referir ainda que nos dias 3 e 26 a 29 o valor médio da temperatura máxima do ar, e Portugal continental, foi superior a 30 graus Celsius”, segundo o IPMA.
O valor médio da temperatura média do ar (19 graus Celsius) foi muito superior ao normal (mais 3,26 graus).
Segundo o IPMA, os valores médios da temperatura máxima do (25,40 graus) e da mínima (12,60 graus) foram os 2.ºs valores mais altos desde 1931.
O menor valor da temperatura mínima foi registado em 10 de maio em Carrazeda de Ansiães (distrito de Bragança) com 3,3 graus Celsius e o maior valor da máxima foi registado no dia 28 em Pinhão (Vila Real) com 37,3 graus Celsius.
No que diz respeito à chuva, o valor médio da quantidade, 51.2 milímetros, corresponde a 72% do valor normal 1971-2000 (71.2 mm).
Os valores de precipitação foram superiores ao normal em alguns locais da região sul e em particular no Alto Alentejo, na Península de Setúbal, no Baixo Alentejo e no sotavento algarvio.
Por outro lado, na região norte e em especial nas zonas de altitude os valores de precipitação foram muito inferiores ao normal.
O Boletim Climatológico, disponibilizado pelo instituto, inclui também o índice meteorológico de seca (PDSI), que aponta para uma diminuição da área de intensidade da seca meteorológica na região sul no final de maio.
No entanto, no interior Norte voltou a surgir a classe de seca fraca.
De acordo com o PDSI, no final de maio 75,2% de Portugal continental estava em situação de seca normal, 17,5% em seca fraca, 4,7% em seca moderada e 2,6% em chuva fraca.
O IPMA classifica em nove classes o índice meteorológico de seca, que varia entre “chuva extrema” e “seca extrema”.
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