De acordo com a agência France-Presse, os migrantes, na sua maioria do Paquistão, Norte de África e Eritreia, começaram a deixar o barco, entrando em ambulâncias, pelas 23:40 locais (22:40 em Lisboa).
Os migrantes que, no domingo, testaram negativo para o novo coronavírus, que provoca a doença covid-19, foram os primeiros a serem retirados do navio.
As autoridades italianas autorizaram no domingo o “Ocean Viking” a aportar em Porto Empodocle, no sul da Sícilia, e o desembarque dos 180 migrantes.
No entanto, o Ministério do Interior italiano adiantou que os 180 migrantes seriam transferidos para outro navio, onde irão passar duas semanas de quarentena.
Entre os 180 migrantes resgatados do Mediterrâneo pela SOS Méditerranée estão 25 menores e uma mulher grávida.
O navio socorreu os 180 migrantes em quatro operações, com a primeira delas a ocorrer em 25 de junho. Desde então, pediu por seis vezes a Itália e a Malta autorização para atracar num qualquer porto da região, tendo obtido resposta apenas no domingo.
A espera dos migrantes no Mediterrâneo e a falta de uma solução no horizonte durante dias levaram na quinta-feira a que alguns dos migrantes se tivessem atirado ao mar, tendo, no entanto, sido resgatados imediatamente pela tripulação do navio.
Em setembro de 2019, Itália, Malta, Alemanha e França definiram em La Valeta um plano de redistribuição dos migrantes resgatados do mar.
Já este ano, no início de abril, Itália e Malta declararam que os seus portos não eram seguros para os migrantes resgatados do mar devido ao estado de emergência vigente nos dois países por causa da pandemia de covid-19.
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