“Não excluo falar com nenhuma força partidária que esteja representada no Parlamento, não coloco essas linhas vermelhas. As minhas linhas vermelhas são claras, são os valores do PSD e a liderança de qualquer aliança por parte do PSD, sendo a agenda nossa, isso é que são as nossas linhas vermelhas”, disse.

O social-democrata falava aos jornalistas à margem da apresentação da sua Proposta de Estratégia Global, no Porto, depois de questionado se estaria disponível para formar alianças com o partido Chega, liderado por André Ventura.

Miguel Pinto Luz foi perentório em dizer que “não coloca à partida barreiras de impossibilidades” a quaisquer alianças, acrescentando que consigo podem vir a existir “todas as alianças”.

Mostrando-se disponível para falar com qualquer partido representado na Assembleia da República, o candidato à liderança do PSD lembrou que o atual presidente do partido, Rui Rio, já falou com André Ventura o que, na sua opinião, é “saudável”.

“Não contem comigo para reduzir ainda mais o PSD e as capacidades do PSD de poder falar e congregar várias forças políticas à volta de um projeto reformista para Portugal”, vincou.

Para Miguel Pinto Luz não faz sentido que o primeiro-ministro António Costa faça alianças com a “esquerda radical” e que o PSD se “autolimite” na sua capacidade de poder dialogar no centro-direita.

Os portugueses votaram no Chega e, portanto, o PSD tem de falar com ele e com qualquer outro que foi eleito, frisou.

Uma coisa é dialogar, outra é poder aceitar o “ideário ou programa” dos outros partidos e é nesse ponto que coloca “as linhas vermelhas”, recordou.

“A agenda é nossa, as prioridades são as nossas e os valores são os nossos, logo a nossa grelha ideológica não pode ser ultrapassada pela grelha de outro partido, ainda para mais um partido mais pequeno”, ressalvou.