O ultraconservador Mike Pence chegou ao teatro de Nova Iorque e foi recebido com uma mistura de aplausos e vaias dos espetadores, pouco antes de começar o espetáculo.
"Hamilton", que narra a vida de um dos heróis da revolução americana, recebeu em junho 11 prémios Tony, o mais importante do mundo do teatro no país. A obra celebra a diversidade e a contribuição dos imigrantes para a sociedade dos Estados Unidos.
Um dos atores, Brandon Victor Dixon, que interpreta o ex-vice-presidente dos Estados Unidos Aaron Burr, leu um comunicado no final da apresentação.
Depois de agradecer a Pence pela sua presença, disse: "Senhor, nós somos os Estados Unidos da diversidade, preocupados de que a próxima administração não nos proteja, nem ao nosso planeta (...) nem defenda os nossos direitos inalienáveis".
O presidente eleito, Donald Trump, reagiu este sábado no Twitter: "O nosso magnífico vice-presidente Mike Pence foi assediado ontem à noite no teatro pelo elenco de Hamilton, diante das câmaras. Isso não deveria acontecer!".
"Esperamos sinceramente que este espetáculo o tenha inspirado a respeitar os nossos valores [americanos] e a trabalhar em nome de todos nós", declarou Dixon durante seu discurso, sob aplausos da plateia.
O ator ressaltou, ainda, que o espetáculo conta com um grupo "diverso" de atores, formado por "homens e mulheres de diferentes cores, crenças e orientações", particularmente o protagonista, Javier Munoz, que é homossexual, seropositivo e sobreviveu a um cancro.
Segundo o jornal The New York Times, Pence estava a sair da sala quando o texto começou a ser lido, mas ficou de pé no corredor e ouviu até o final.
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