O Bastonário dos Médicos será o primeiro a ser recebido hoje pela ministra Ana Paula Martins, a quem deverá apresentar o que entende serem as medidas prioritárias para o setor.

À Lusa, o bastonário revelou que iria entregar um documento com as “seis prioridades para próximos 60 dias”, de onde se destaca "a valorização das condições de trabalho dos médicos" e o papel dos médicos no sistema de saúde e, em concreto, no Serviço Nacional de Saúde.

Depois da Ordem dos Médicos, a tutela irá receber as restantes ordens, como será o caso dos enfermeiros ou dos psicólogos.

Na sexta-feira de manhã, arrancam as negociações salariais com os sindicatos médicos: Primeiro, o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e depois a Federação Nacional dos Médicos (FNAM).

Aumentos salariais e melhores condições de trabalho são algumas das exigências que os sindicatos já vinham reivindicando junto da anterior equipa ministerial e que irão trazer novamente para a mesa das negociações.

À Lusa, a presidente da FNAM garantiu estar “de boa-fé” para “iniciar um processo negocial” e manifestou o desejo de que não existam “negociatas ou jogadas obscuras” ao longo do processo.

A reposição das 35 horas semanais, a integração dos médicos internos na carreira e as progressões na carreira são outras das prioridades da FNAM, que apresentou ao anterior governo uma proposta de aumentos salariais a rondar os 30%.

Alem dos sindicatos dos médicos, o ministério vai receber também os sindicatos dos enfermeiros e dos farmacêuticos.

Em comunicado, o gabinete de imprensa do ministério sublinhou que “o processo de diálogo da tutela com os parceiros começou pelas associações de doentes, reafirmando o seu compromisso com as pessoas. Na sexta-feira, dia 19, o Governo recebeu a RDPortugal, a Plataforma Saúde em Diálogo e o GAT – Grupo de Ativistas em Tratamento”.