“O que nós queremos é ser um lembrete, uma assombração na cabeça do ministro e de toda a equipa governativa para relembrar que, por onde o Governo passar, vai ter um grupo de professores a lembrar o que está em cima da mesa e que nós não vamos desistir de uma negociação seria”, afirmou à Lusa Carla Gomes, uma das docentes em protesto.
João Costa está a visitar uma escola em Vila Nova de Famalicão, distrito de Braga, na iniciativa Governo Mais Próximo, no âmbito da qual a maior parte dos ministros do Governo está a visitar locais em vários concelhos do distrito.
Em declarações aos jornalistas, já no final da visita e ainda com cerca de 15 professores em protesto, o ministro garantiu que estão a ser dados passos nas negociações com os docentes.
“O Governo nunca tem estado numa posição intransigente, tem estado numa posição de boa-fé negocial, também de responsabilidade porque sabemos que o mais fácil seria fazer tudo, mas sabemos também que os compromissos financeiros que podemos assumir nos obrigam a não dar saltos maiores do que as pernas”, afirmou João Costa.
Segundo o ministro, “não corresponder a todas as reivindicações não significa falta de vontade de dar passos e é isso que se tem vindo a fazer”.
Em Vila Nova de Famalicão, João Costa assistiu à inauguração da Unidade de Apoio ao Alto Rendimento na Escola da Escola Secundária Camilo Castelo Branco.
À chegada do ministro, o grupo de professores, cerca de 30, pertencentes ao movimento Todos por Portugal, prometeu “não dar tréguas” ao Governo: “Queremos relembrar que não estamos mortos”, disse Carla Gomes, garantindo que, caso o ministro pense que o cansaço poderá levar os professores a desistir da luta, “isso não irá acontecer”.
Na quinta-feira, João Costa vai participar na reunião do Conselho de Ministros que vai ter lugar em Braga.
(Artigo atualizado às 18h15)
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