“Os casos estão a ser acompanhados com absoluta normalidade e as autoridades estão a tentar identificar se na origem dessas pessoas, vieram outras pessoas que tenham a doença. Não há nenhum motivo de alarme”, disse Manuel Pizarro em Matosinhos, distrito do Porto, à margem de uma conferência integrada nas “Conferências da Sociedade Civil RTP2”.
Questionado pelos jornalistas sobre os casos de doença de Hansen, mais conhecida por lepra, com origem no Brasil, registados na quarta-feira na Madeira e na quinta-feira no Porto, o ministro insistiu que “não há motivos de preocupação clínica”.
Manuel Pizarro disse que “ao contrário do imaginário que as pessoas têm, a lepra não tem grande risco de contagiosidade”, mas admitiu que “nestas circunstâncias são sempre emitidas recomendações e chamadas de atenção” aos profissionais de saúde.
“Foi possível quer no contexto clínico, quer no contexto das autoridades de saúde pública a identificação e acompanhamento dos casos. Temos de compreender que no mundo moderno, com a globalização e facilidade das pessoas se deslocarem de um sítio para o outro, que vai haver doenças que não estávamos habituados a ver na nossa sociedade a aparecerem”, analisou.
Manuel Pizarro saudou a ação dos profissionais de saúde e das autoridades de saúde pública e disse que “o importante é que estejam preparados para tratar os casos”, bem como para “tomar as medidas de saúde pública que são adequadas”.
A Direção-Geral de Saúde (DGS) divulgou na quinta-feira que entre março e abril foram reportados dois casos importados de lepra, com origem no Brasil.
Numa resposta à agência Lusa, e sem especificar os locais de registo, a DGS fala em dois casos em Portugal nos últimos meses que “se referem a indivíduos originários do Brasil”.
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