“Este estatuto vai ser fundamental para que os investigadores que vão concorrer a estas vagas possam ter uma perspetiva daquilo que vai ser a carreira em que vão entrar e, por isso, era importante que estivesse pronto em julho”, disse Fernando Alexandre.
O ministro falava aos jornalistas no final de uma tarde de reuniões com organizações sindicais do setor, sobre revisão do estatuto da carreira do ensino e investigação científica.
O concurso a que o ministro se referia, e que serve de ponto de referência para a aprovação daquele que virá a ser o novo estatuto, é a primeira edição do FCT-Tenure para cofinanciamento da contratação de 1.000 investigadores doutorados para posições permanentes.
Depois de ouvir as federações nacionais da Educação e dos Professores (FNE e Fenprof), o Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup) e os representantes dos reitores, o Ministério vai ainda ouvir os partidos com assento na Assembleia da República.
“Esperamos que haja, numa matéria como esta, a responsabilidade para que um tema tão estruturante e tão relevante para o futuro do país e instituições, que devem estar protegidas do ciclo político, não sejam alvo de luta partidária”, sublinhou o ministro.
Fernando Alexandre disse esperar, sobretudo, um consenso com o PS, uma vez que a proposta apresentada baseia-se no projeto aprovado ainda pelo anterior Governo, no final do mandato, e que não chegou a entrar em vigor.
Sem especificar quais, o governante disse que a proposta apresentada hoje aos sindicatos é semelhante à do anterior executivo, com algumas diferenças que entende serem importantes para os investigadores e para as próprias instituições.
Em comunicado, a tutela esclarece que o objetivo é aproximar a carreira de investigação científica à carreira de docente do ensino superior, “numa lógica de mobilidade intercarreiras, e atrair cada vez mais doutorados para a investigação científica”.
O ministro sublinhou ainda a importância de rever o estatuto da carreira de investigação científica, considerando que o estatuto atualmente em vigor, de 1999, “está muito desatualizado e é inadequado sobretudo num período em que o sistema vai integrar mais de 1.000 investigadores”.
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