
“Em primeiro lugar, não reconheceremos nenhum dos territórios temporariamente ocupados como russos. Em segundo, não aceitaremos quaisquer restrições à estrutura, dimensão ou outras características das forças de defesa ucranianas”, afirmou o chefe da diplomacia de Kiev, segundo um comunicado divulgado após o seu discurso na Verkhovna Rada (parlamento ucraniano).
Sybiga afastou também restrições à indústria de defesa do país, à assistência militar de aliados ou à presença dos seus contingentes, um dia após ter sido revelado um acordo sobre exploração dos recursos minerais da Ucrânia com os Estados Unidos, país promotor de negociações para um cessar-fogo entre Kiev e Moscovo, após mais de três anos de conflito.
“Em terceiro lugar, não aceitaremos quaisquer restrições à soberania da Ucrânia, à nossa política interna ou externa, particularmente no que diz respeito à escolha de uniões ou alianças às quais desejamos aderir”, acrescentou.
O ministro dos Negócios Estrangeiros observou que, embora não haja consenso sobre um convite para aderir à NATO, a Ucrânia continuará os seus esforços para completar a integração na Aliança Atlântica e que Moscovo não tem poder de veto sobre o assunto.
“A Ucrânia defende clara e consistentemente um cessar-fogo incondicional e abrangente em terra, mar e ar durante pelo menos 30 dias. Estamos prontos”, declarou, sublinhando que “a paz a qualquer preço” não será aceite.
Sybiga disse ainda que os esforços diplomáticos vão continuar, assentes em formatos estabelecidos de negociações com o Reino Unido, Alemanha e França, e com os Estados Unidos.
Mas frisou que só se a Rússia declarar e cumprir um cessar-fogo e implementar medidas humanitárias é que as negociações reais poderão começar.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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