De junho a setembro, a época das monções é essencial para a irrigação de cultivos e abastecimento de água no subcontinente indiano, onde vive um quinto da população mundial.
Mas, todos os anos, as chuvas violentas são também acompanhadas por um grande número de vítimas e destruição.
Atravessando a Índia, Bangladesh e Nepal, mais de 10 milhões de pessoas foram afetadas pelas chuvas torrenciais que já deixaram dezenas de milhares de desalojados.
Com 1,3 mil milhões de habitantes, a Índia é o país mais afetado, com, pelo menos, 460 mortos.
Muitos distritos dos estados do norte e do nordeste estão isolados do mundo devido às inundações.
No domingo, uma trovoada matou 37 pessoas em diferentes partes do estado de Uttar Pradesh, reportou à agência de notícias France-Presse (AFP) um responsável da autoridade de gestão de catástrofes.
No vizinho Nepal, o último balanço de inundações aponta para 90 mortos e 29 desaparecidos, apesar do pior já ter passado.
“As previsões para esta semana são de chuva e estamos em alerta, mas não esperamos que tenha um grande impacto”, afirmou Bedh Nidhi Khanal, um responsável do ministério do Interior nepalês.
No Bangladesh, onde um terço da superfície está submersa, pelo menos 97 pessoas morreram desde 10 de julho, segundo as autoridades.
O governo do Bangladesh abriu milhares de abrigos de emergência para as vítimas de enchentes e enviou alimentos secos para as populações afetadas, com muitas casas e campos agrícolas destruídos.
No Paquistão há ainda o registo de 30 mortos.
Na sexta-feira passada, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) afirmou que as monções afetaram cinco milhões de crianças e causaram a morte a quase 100.
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