"Até aqui, este transporte era disponibilizado pelo município aos doentes oncológicos mais carenciados. Após a assinatura de um protocolo com os bombeiros de Moncorvo, este serviço vais abranger toda a comunidade que dele necessite. Nenhum doente oncológico faltará às consultas por falta de transporte", disse o presidente da Câmara de Torre de Moncorvo, Nuno Gonçalves.
O município transmontano apoia, da mesma forma, o transporte de doentes não urgentes que tenham de se deslocar aos hospitais de referência do Porto, de Coimbra e de Lisboa.
Para o efeito, o protocolo assinado entre o município e a Associação Humanitária de Bombeiros de Torre de Moncorvo ronda, no global, e só para o transporte de doentes, os 17 mil euros, existindo "a hipótese de ser alargado conforme as necessidades e os números de doentes a transportar e para onde".
O autarca social-democrata avançou ainda que há um acordo estabelecido com o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, que dita que os pais que tenham filhos internados naquela unidade hospitalar têm direito a residência, pequeno-almoço e acesso à lavandaria, enquanto acompanham as crianças.
"A filosofia do concelho de Torre de Moncorvo é que nenhum doente que necessite de serviços de saúde fique sem apoio médico. Contudo, esta missão deveria ser do Estado. É impossível que sete ou oito pessoas num meio de transporte contratualizado pelo Serviço Nacional de Saúde estejam à espera uns dos outros quando têm consultas médicas distintas”, frisou o autarca.
O também presidente da Associação dos Município do Douro Superior lamentou que tenham que ser as autarquias a se substituir ao poder central quando este “não faz um bom serviço".
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