O ex-dirigente socialista e antigo ministro Jorge Coelho faleceu hoje, na Figueira da Foz, de doença súbita, quando visitava uma casa na zona turística da cidade.
“A senhora que estava com ele ligou para o 112 e quando a nossa equipa chegou ao local ele estava em paragem cardiorrespiratória. Foram feitas manobras de reanimação, mas não foi possível reverter a situação”, tendo o óbito sido declarado no local, adiantou o comandante Jody Rato, dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz à Lusa.
Considerado o “homem da máquina” socialista, Jorge Coelho foi ministro nos dois governos liderados por António Guterres. Em 1995, assumiu funções como Adjunto e na Administração Interna, depois, em 1999, foi ministro de Estado, da Presidência e do Equipamento Social.
Figura incontornável da política portuguesa, demitiu-se em 2001, quando ocupava a pasta do equipamento social, na sequência da queda da tragédia de Entre-os-Rios, um momento que ficou marcado pela frase: "A culpa não pode morrer solteira".
“Quem se mete com o PS leva” foi outra das frases que marcou o percurso de Jorge Coelho, reconhecido como um político combativo. Disse-a num discurso da campanha socialista, quando respondia às acusações de Pires de Lima, na altura bastonário da Ordem dos Advogados, que acusou o Governo socialista de interferência nos tribunais e na justiça.
Jorge Coelho iniciou-se na atividade política pela extrema-esquerda, tendo militado após o 25 de Abril em movimentos como a Organização para a Reconstrução do Partido Comunista, ou pelo Partido Comunista (Reconstruído), que mais tarde deu origem à formação da UDP (União Democrática Popular).
Filiou-se no PS em 1982, época em que se ligou a Murteira Nabo e foi seu chefe de gabinete duas vezes: a primeira no Governo do “Bloco Central” entre 1983 e 1985, a segunda em Macau, entre 1986 e 1991.
A última incursão política foi em 2004, quando esteve ao lado de José Sócrates na campanha para as eleições que deram aos socialistas a primeiro e única maioria absoluta até hoje, em 2005.
Em 2008 foi convidado para a administração da Mota-Engil, tendo sido presidente da construtora até 2013. Voltou à administração da construtora como Consultor do Conselho Consultivo Estratégico, em 2018, um cargo que ainda ocupava.
Nascido em 17 de julho de 1954, em Mangualde, distrito de Viseu, foi na sua terra Natal que, todavia, se destacou como empresário nos últimos anos.
Na queijaria Vale da Estrela investiu tempo e dinheiro, consumando o compromisso com o desenvolvimento regional. Foi nesse contexto que em 2018 falou com o SAPO24. Mas “especialista em queijo só a comê-lo”, brincou. O seu sentido de humor era conhecido e hoje é também recordado.
Na mesma entrevista, confessou que a política era só “para matar o vício. E mais nada”. Jorge Coelho foi comentador de programas como a “Quadratura do Círculo”, primeiro na SIC Notícias, depois na TVI24 (onde foi substituído pela também socialista Ana Catarina Mendes em 2020).
O primeiro-ministro e líder do Partido Socialista, António Costa, recorda "um cidadão dedicado ao seu país, que serviu com grande dignidade o Governo da República". Governo esse que "deixou há 20 anos, num momento trágico, quando decidiu assumir a responsabilidade política por uma tragédia imensa. [Jorge Coelho] procurou continuar a servir o seu país no mundo empresarial e através do investimento na sua região". "Não era só um camarada, era um amigo de todos nós, de todas as gerações do partido socialista. Poucos foram aqueles que conseguiram exprimir tão bem a alma dos socialistas: a energia, a força a capacidade de ação nos momentos mais difíceis, mas sabia também ter uma palavra de serenidade e de bom senso nos momentos de maior exaltação". Jorge Coelho "foi sempre um fator de unidade entre todos nós [socialistas] e todos o recordaremos como aquele que sempre soube interpretar, com uma intuição extraordinária, aquele que era o sentimento do cidadão comum. É um amigo um camarada que iremos chorar (...), um dos mais queridos de todos nós", concluiu.
A direção do PS decidiu colocar a meia haste as bandeiras do partido na sede nacional, em Lisboa, nas federações distritais e concelhias com estandarte devido à morte do antigo ministro e dirigente socialista.
António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, lembra um homem o acompanhou em "momentos decisivos" da sua vida, por quem tem "uma dívida de gratidão que jamais poderia pagar". "O Jorge Coelho era a alegria de viver, saber que ele morreu é algo que não consigo aceitar. Era um homem de dedicação à causa pública, de ideias, com uma extraordinária capacidade, um político inteligentíssimo. É uma grande perda para o país e para os amigos, que eram muitos", disse.
Marcelo Rebelo de Sousa reagiu na SIC a esta "morte inesperada", onde recordou "um amigo" e uma figura "que tinha várias qualidades como governante, como parlamentar, como conselheiro de Estado, como dirigente partidário, como analista político e, depois, de uma forma mais recente, como gestor empresarial". "Com o seu estilo muito próprio, feito de intuição, de compreensão rápida e até antecipação do que eram as correntes de opinião pública, de perspicácia analítica, de espírito combativo, as vezes polémico, mas também de grande afabilidade e de abertura a todos os quadrantes, ele criou laços pessoas que ultrapassavam as barreiras do seu partido e até os limites do círculo muito amplo dos seus amigos de sempre. [Jorge Coelho] teve uma influência muito grande em momentos importantes da vida nacional". O Presidente da República destacou a capacidade de "sem dúvida, sem hesitação", ter assumido a responsabilidade política sobre a tragédia de Entre-os-Rios, algo que "os portugueses não esquecem" e que é "raro em sociedades democráticas".
Ferro Rodrigues, presidente da Assembleia da República e ex-líder socialista, disse que recebeu "com choque e muita tristeza", a notícia do falecimento de Jorge Coelho. Lembra "um amigo de há longas décadas" e "um grande sportinguista". Destaca ainda o "homem bom e solidário. Foi sempre alguém que se bateu por causas, em especial pela democracia e pela igualdade. Foi também um sobrevivente, com quem aprendi a enfrentar as adversidades”.
António Vitorino, diretor-geral da Organização Internacional das Migrações (OIM), manifestou-se “profundamente chocado e devastado” com a morte do “grande, grande amigo” Jorge Coelho, “um ser humano admirável”. Era "uma pessoa que, além de todas as qualidades políticas que se lhe reconhecem, quer por companheiros quer por adversários, era um admirável ser humano, uma pessoa que era intensa em tudo o que fazia”, sublinhou em declarações à agência Lusa. “Genuíno, autêntico, convicto, mas ao mesmo tempo uma pessoa de uma enorme afabilidade pessoal e que deu o melhor de si próprio ao Partido Socialista e à causa pública nos vários cargos que desempenhou”, acrescentou Vitorino.
António Lobo Xavier, que foi colega de Jorge Coelho no programa Quadratura do Círculo, disse-se "chocado" e "comovido". "Tinha falado com ele por volta das 13h30 e pareceu-me bastante bem, combinamos diversões entre amigos, estava longe de imaginar que umas horas depois teria acontecido esta tragédia. O Jorge Coelho tem uma legião de amigos e eu sou apenas mais um que privou com ele. (...) Ele era o símbolo de uma pessoa com sensibilidade, tolerância e respeito pelos outros. Lembro-o como um amigo dedicado, com uma lealdade férrea".
Maria de Belém, em declarações à SIC, disse estar "devastada" com a morte do amigo. "Esta é uma notícia trágica para todos os amigos e família. Jorge Coelho era um amigo excecional, uma pessoa extraordinariamente bem formada, amiga dos seus amigos", disse.
O líder do PSD, Rui Rio, recordou o antigo ministro Jorge Coelho como uma “pessoa afável e de excelente trato”. "Presto-lhe sentida homenagem e envio as minhas condolências à sua família e ao Partido Socialista”, escreveu numa publicação na sua conta oficial da rede social Twitter. Também o PSD, numa nota de pesar, expressou “consternação” com a notícia que “a todos apanhou de surpresa”. “Figura marcante do panorama político nacional e do Partido Socialista, Jorge Coelho dedicou grande parte da vida ao serviço público, tendo sido ministro Adjunto, ministro da Administração Interna, ministro da Presidência e do Equipamento Social nos governos de António Guterres. Posteriormente, a sua carreira passou também pelo mundo empresarial”, recordam os sociais-democratas.
O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, destacou a “extraordinária dedicação ao serviço público e à democracia”. “Foi com profunda tristeza que tomei conhecimento do falecimento do Dr. Jorge Coelho", um homem que "durante décadas, serviu Portugal e os portugueses, com uma extraordinária dedicação ao serviço público e à democracia”.
O historiador e político José Pacheco Pereira recorda a amizade que tinha com Jorge Coelho, assim como a “grande capacidade política” e o “combate pelo interior” do antigo ministro e ex-dirigente socialista. “O Jorge Coelho tinha essa virtude, era uma pessoa amável, um amigo verdadeiro, sem qualquer troca ou esperança de poder receber benefícios dessas relações de amizade”, disse José Pacheco Pereira em declarações à TVI24. Jorge Coelho e José Pacheco Pereira foram colegas no programa Quadratura do Círculo. Pacheco Pereira recordou ainda o momento quando criticou Jorge Coelho pela saída do programa para “entrar no mundo dos negócios na Mota Engil”. “Sempre achei mal e critiquei-o. Custava imenso porque era difícil criticar uma pessoa amiga. Fiz essa crítica frontal e ele veio mais tarde a elogiar-me pela critica. Esse momento difícil aproximou-nos muito”, salientou. Pacheco Pereira recordou ainda que Jorge Coelho era “muito fiel à sua terra” e “um defensor do interior do país e da sua região". “Instalou em Mangualde [distrito de Viseu] uma queijaria e falávamos muito sobre queijos. Fez um esforço grande para criar Era um homem muito genuíno”, acrescentou.
Em comunicado, o Grupo Mota-Engil recordou "um homem da casa e da Família Mota-Engil, amigo comprometido e empenhado no desenvolvimento e sucesso do Grupo, a quem o Grupo tanto deve e aqui lhe deixa, de forma muito sentida, uma profunda e respeitosa homenagem e, já, grande saudade. Eram públicas e conhecidas as suas qualidades como Homem de caráter e convicções e enormes as suas qualidades como profissional de excelência, líder empresarial, agregador de vontades, e o seu nome e percurso ficará para sempre ligado ao nosso Grupo. Amigo, filantropo discreto, socialmente preocupado e comprometido era um exemplo de responsável e empenhada cidadania para todos nós. O Presidente do Conselho de Administração Engo António Mota e toda a Família Mota, acionista de referência do Grupo, bem como os demais Colegas do Conselho de Administração e todos os Colaboradores do Grupo, que tanto lhe queriam e consideravam, associam-se para transmitir à sua Família as mais sentidas e sinceras condolências. Até sempre Jorge".
O dirigente socialista João Soares lamentou hoje a morte do ex-ministro, em declarações à TVI24, disse ter recebido a notícia “com uma imensa tristeza”, lembrando Jorge Coelho como “uma grande figura do Partido Socialista, um homem de coragem, um homem de grande lealdade, um homem de caráter”. “Um homem que cultivava as boas relações com as pessoas, mesmo com os seus adversários políticos. Era um homem que aguentava com o maior dos ‘fair-play’ as críticas que lhe eram feitas. E era um homem que procurava estar sempre, e deu imensas provas nas circunstâncias às vezes mais difíceis, estar do lado das soluções e não do lado do agravar dos problemas”, considerou. O socialista apontou que Jorge Coelho foi “sempre fiel às suas convicções de esquerda”. “Um homem a quem ficamos todos a dever muitíssimo, eu deixo à sua mulher e à sua filha o testemunho da minha profunda tristeza e o mais sincero sentimento de pesar”, aditou João Soares, rematando que esta é “uma imensa tristeza para todos os socialistas”.
Em comunicado, a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, “lamenta profundamente a morte do ex-ministro Jorge Coelho, apresentando sentidas condolências à família e amigos. Na perspetiva da ministra, “Jorge Coelho é uma figura incontornável da política nacional” e teve ainda “uma carreira ligada igualmente à administração pública”, destacando-se também “como dirigente partidário, analista político e empresário, demonstrando sempre, em todas as esferas da sua vida, grande entusiasmo, enorme dedicação e um espírito combativo ímpar”.
O antigo primeiro-ministro José Sócrates lamentou a “notícia trágica” da morte de Jorge Coelho, recordando "um homem encantador, que fazia amigos facilmente e uma pessoa de uma extrema jovialidade de espírito”. Para o antigo primeiro-ministro, Coelho era “um político com uma grande intuição, capaz de transformar o sentimento que ele intuía no povo em conceitos que podiam ser usados na retórica política”. “Foi um belíssimo companheiro ao longo dos anos e recordo-o com saudade, como um bom amigo”, acrescentou em declarações à agência Lusa.
O presidente do PS, Carlos César, lamentou também a “terrível, inesperada e desanimadora notícia” da morte de Jorge Coelho, elogiando a frontalidade, clareza, argúcia, labor, empreendedorismo e bondade do socialista. “Foi, para mim, como para tantos, uma terrível, inesperada e desanimadora notícia. Fica a faltar mais um amigo. Um amigo, desde que o conheci. Um camarada, nos sucessos e nos insucessos políticos e partidários”, referiu Carlos César, numa publicação na rede social Facebook, na qual partilhou o vídeo com a declaração do primeiro-ministro, António Costa, a propósito da morte de Jorge Coelho. “Lembro como, em 1996, ele me acompanhou diariamente na campanha que acabou por dar a primeira vitória regional de sempre nos Açores. E, antes como depois, o seu apoio valioso e fraterno. Fazes falta, meu caro amigo. À tua família. Aos teus amigos. A todos nós”, concluiu.
O dirigente socialista e presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, recordou Jorge Coelho como “o socialista mais querido de todos” e que “a todos unia”. Numa mensagem divulgada nas redes sociais, Medina começa por dizer que “escrever sobre a morte de Jorge Coelho hoje é um choque”, revelando que ainda na terça-feira tiveram um encontro “de horas a discutir política e a falar sobre a vida” e hoje continuaram a conversa por mensagem, antes da “notícia trágica”. O autarca recordou que conheceu Jorge Coelho há 20 anos, quando trabalhou com o então primeiro-ministro António Guterres. “Homem de uma profunda generosidade e entrega, mobilizava todos à sua volta com a sua alegria, força e humor. Sempre a interpretar como poucos o sentir dos portugueses. Nos últimos anos encontrávamo-nos com regularidade. Falávamos do país, de Lisboa e invariavelmente do PS”, revelou. “Hoje perdi um Camarada. E posso dizer que perdi um amigo. Um grande e querido amigo. Até sempre Jorge Coelho”, despede-se o autarca.
O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, lamentou a morte do antigo ministro, destacando que Jorge Coelho "foi um político de grande relevo na vida do país". "O CDS-PP lamenta profundamente a triste notícia do falecimento de Jorge Coelho e endossa as suas mais sentidas condolências à respetiva família e amigos", refere nota enviada aos jornalistas e assinada pelo presidente partido. "Tinha, pois, uma rara forma de estar na política aberta ao diálogo e ao debate leal, procurando as convergências acima das diferenças. Que Deus o guarde", acrescenta o democrata-cristão.
Vasco Cordeiro, presidente do PS Açores, manifestou em nome de toda a estrutura regional, profunda tristeza e lembra Jorge Coelho como “um camarada e um amigo generoso, inteligente e solidário” e "a quem o PS e os Açores devem muitas das suas vitórias, um Homem que serviu o País com grande sentido do interesse público”.
O ex-secretário-geral do PS, António José Seguro, definiu o antigo dirigente socialista como "um amigo muito querido", com caráter "lutador" e entusiasmo "contagiante", com quem partilhou ideais e lutou "lado a lado" por causas. "É muito difícil acreditar que o Jorge Coelho morreu. As palavras atropelam-se neste buraco negro e gelado em que, de repente, caímos, atravessados pela dor da perda brutal", começa por referir António José Seguro na mensagem que enviou à agência Lusa. "Partilhámos ideais e lutámos lado a lado por tantas causas. O Jorge era um apaixonado pela vida. Saboreava-a como poucos e partilhava-a generosamente com os seus amigos", escreve António José Seguro, que desde 2014 está afastado da vida política ativa. Para o anterior secretário-geral do PS, Jorge Coelho "era dotado de um caráter lutador e de um entusiasmo contagiante que marcou todas as funções partidárias e publicas que exerceu". "O seu gesto no fatídico março de 2001 mostrou publicamente a fibra de que era feito o Jorge Coelho. De repente, tudo é tão pouco. Fazes-nos falta, Jorge", observa António José Seguro, depois de fazer alusão à decisão de Jorge Coelho se demitir das funções de ministro do segundo executivo de António Guterres, em 2001, na sequência da tragédia da queda da ponte de Entre-os-Rios.
O antigo Presidente da República Jorge Sampaio manifestou-se “profundamente chocado” com a morte do ex-ministro, considerando que o socialista “contribuiu para moldar a vida política portuguesa” com uma “arguta inteligência” e “alta noção” de responsabilidade. “Profundamente chocado com o súbito desaparecimento de Jorge Coelho, um querido amigo de longa data, camarada de muitas lutas, um socialista, ativo, dinâmico e de convicções fortes, a quem o partido muito deve, e um português de destaque que serviu o país com um raro e notável sentido de responsabilidade, manifesto a sua Mulher, familiares e amigos, o meu muito sentido pesar e solidariedade”, pode ler-se num testemunho de Jorge Sampaio enviado à agência Lusa. Apesar de nem sempre as opiniões e análises dos dois socialistas terem coincidindo, Jorge Sampaio deixa claro que “tal não foi razão suficiente para beliscar uma grande empatia pessoal que sempre prevaleceu” ambos, recordando Jorge Coelho como uma “pessoa afável e cordata, sempre mais predisposta a unir e a agregar do que a dividir”. “Naturalmente, não esquecerei também nunca a sua exemplar atitude quando, perante a tragédia de Entre-os-Rios, não hesitou em assumir por inteiro a responsabilidade política pelo desastre, demitindo-se de imediato do cargo que ocupava”, elogia.
O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Jaime Marta Soares, lembrou o ex-ministro Jorge Coelho, como "um exemplo de cidadania" e sublinhou a "atenção especial que dedicou aos bombeiros". "Não podemos deixar de destacar a atenção especial que dedicou aos Bombeiros Portugueses, pugnando para que pudessem dispor de melhores condições de trabalho e apoio social", acentuou, na mesma nota, Marta Soares, que enalteceu "o governante que tantos anos dedicou à vida política e ao desenvolvimento do regime democrático em Portugal".
O PS destacou a ação de Jorge Coelho para as vitórias eleitorais nas legislativas de 1995 e 1999, sob a liderança de António Guterres, e na maioria absoluta de 2005 com José Sócrates. "Foi com particular pesar e aguda tristeza que o PS recebeu a dolorosa notícia do inesperado falecimento do seu camarada Jorge Paulo Sacadura Almeida Coelho", lê-se na nota oficial de pesar emitida esta noite pelos socialistas. Para o PS, Jorge Coelho "ficará para sempre como o homem do coração socialista e como alguém que soube de forma exemplar materializar o espírito e a alma do socialismo". "Para a grande família socialista, fica como o dirigente que, num mar de mudança, personificava a serenidade, a força e a capacidade de ação e que, simultaneamente, em momentos de divisão, era uma âncora de união", refere a nota de pesar do partido, acrescentando que "a sua partida traz à sua outra família, a socialista, a dolorosa perda de umas das suas mais sólidas raízes".
Também o Sporting manifestou o seu “pesar” pela morte do ex-governante, “enaltecendo e agradecendo os anos de dedicação e devoção ao clube”, do qual era sócio desde 1987. O clube verde e branco enviou as suas “mais sentidas condolências” aos “familiares e amigos” do seu sócio n.º 9.969-0.
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