Pedro Camacho liderou a Lusa entre 2015 e 2018, já depois de ter dirigido a revista Visão entre 2005 e 2015. No seu currículo constam passagens pelos jornais Público e Diário de Notícias, nos quais, entre várias funções, foi responsável pelas respetivas editorias de Economia.
Numa nota interna, o presidente do Conselho de Administração (CA) da Lusa, Nicolau Santos, enalteceu as “reconhecidas capacidades de agregar vontades e dirimir conflitos” de Pedro Camacho, reforçando que enquanto diretor de Inovação e Novos Projetos “desenvolveu diversos projetos muito importantes para a Agência, colocando todo o seu entusiasmo e dedicação na concretização dos mesmos”.
“Com o seu falecimento, a Lusa perde um dos seus mais prestigiados jornalistas e eu perco um leal companheiro, cujos conselhos sempre foram fundamentais para decisões importantes que tiveram de ser tomadas”, acrescentou o atual presidente do CA da Lusa.
A ligação ao jornalismo era comum a toda a família. Filho de Rui Camacho, antigo chefe de redação da Agência de Notícias de Portugal (ANOP), e de Helena Marques, jornalista e escritora que faleceu em 20 de outubro também de covid-19, Pedro Camacho tinha ainda como irmãos os jornalistas Paulo Camacho e Francisco Camacho.
Presidente da República destaca “brilhante carreira” como jornalista
O Presidente da República lamentou hoje a morte do ex-diretor de informação da Agência Lusa Pedro Camacho, considerando que deixa uma marca na comunicação social portuguesa e teve uma "longa e brilhante carreira" como jornalista.
Esta mensagem de Marcelo Rebelo de Sousa foi publicada no portal da Presidência da República na Internet.
"Com uma longa e brilhante carreira como jornalista, no Diário de Notícias, no Público, antigo diretor da Visão e da Agência Lusa, Pedro Camacho deixa a sua marca na comunicação social portuguesa e deixa também memórias de competência, camaradagem e profunda argúcia junto dos seus leitores e dos seus companheiros de profissão", refere-se nesta nota.
O chefe de Estado salienta ainda que Pedro Camacho, "filho da também recentemente falecida Helena Marques, com os seus irmãos Paulo e Francisco", pertence a uma família que "se notabilizou pela escrita e pelo jornalismo, à qual o Presidente da República deixa um abraço de amizade e sentidos pêsames".
Ministra da Cultura destaca “competência” em carreira dedicada ao jornalismo
A ministra da Cultura emitiu hoje uma nota de pesar na qual “lamenta profundamente” a morte de Pedro Camacho e destaca a sua competência e dedicação numa carreira profissional dedicada ao jornalismo.
No texto divulgado pelo seu gabinete, a ministra Graça Fonseca recordou que Pedro Camacho, “como reconhecimento pela excelência do seu trabalho, foi convidado a assumir as funções como diretor de informação da Agência Lusa, entre 2015 e 2018, desempenhando desde então o cargo de diretor de Inovação e Novos Projetos”.
Na nota, a ministra da Cultura sublinhou que “a sua competência e a sua dedicação foram fundamentais para que a Agência Lusa mantivesse o seu serviço noticioso de referência”.
Ao assinalar “uma carreira profissional dedicada ao jornalismo”, a nota recordou ainda que Pedro Camacho passou pela redação de diversos jornais como o Público e o Diário de Notícias nos quais, entre outras funções, foi responsável pelas respetivas editorias de Economia.
“Entre 2005 e 2015 dirigiu a revista Visão, tendo deixado uma marca significativa na história e na imagem desta publicação”, frisou o comunicado, que concluiu com o envio de “sentidas condolências à família e amigos”.
(Notícia atualizada às 00h04 de 6 de dezembro)
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