“Não vamos depressa demais. Para começar, ainda estou lá mais um ano e meio, e sou um bom candidato ao meu lugar até novembro de 2019. Ainda tenho bastante trabalho para fazer”, declarou Moscovici, à entrada para uma reunião informal do Eurogrupo, em Sófia, quando questionado sobre a possibilidade, já abordada em Portugal, de Centeno lhe suceder no cargo de comissário dos Assuntos Económicos e Financeiros.
Apontando que tem trabalhado no sentido de “que a austeridade não ganhe”, e comentando que, em sua opinião, “Portugal também beneficiou disso”, Moscovici recordou, por outro lado, que “há também um comissário português muito bom no momento atual”, o seu “amigo Carlos Moedas”.
“Mário Centeno é um homem de grande qualidade. No momento oportuno, Portugal escolherá o seu comissário e veremos nessa altura qual será o posto. Gosto de todos eles, respeito-os todos, mas neste momento esta Comissão ainda está a trabalhar, vai continuar a trabalhar até ao fim, e Mário Centeno já tem um cargo muito importante, é presidente do Eurogrupo”, prosseguiu.
A concluir, Moscovici, recordando que é “muito mais velho” do que Centeno ou Moedas, comentou que, com base na sua vasta experiência política, pode afirmar que “a melhor forma de ser candidato é mostrar que somos bons no que fazemos”, e é isso que se esforça por fazer.
O próprio Mário Centeno, reagindo à recente notícia do semanário Expresso sobre a eventualidade de se tornar comissário, já comentou que essa é uma matéria que ainda não está no horizonte político, tendo também o primeiro-ministro, António Costa, afirmado que “ainda ninguém está a pensar” na ida do ministro das Finanças e presidente do Eurogrupo para Bruxelas.
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