Em declarações à agência Lusa, Carlos Magalhães, um dos dinamizadores do movimento Mais e que integra a comissão instaladora, explicou que depois de "um processo de maturação" foi decidido avançar para a formação de um partido, uma decisão que foi tomada de forma "quase unânime" numa reunião que decorreu hoje em Valongo, distrito do Porto, e que juntou cerca de 30 pessoas.

O Mais é um movimento de cidadania que tem por missão reunir, juntar e dar dimensão nacional aos vários movimentos de cidadania em Portugal que têm concorrido a cargos políticos.

Segundo um comunicado enviado à Lusa, um dos objetivos do Mais ao constituir um partido é "criar uma plataforma legal que possibilite a candidatura de cidadãos independentes a todas as funções políticas desde a junta de freguesia à Assembleia da República, sem terem que passar pela dificuldade de criar um partido e sem estarem sujeitos aos interesses partidários que muitos vezes prevalecem sobre o interesse do bem comum".

De acordo com Carlos Magalhães, foi hoje constituída uma comissão instaladora que vai ser responsável "por tudo o que precisa de ser feito" para formar um partido, um processo que sabe que vai demorar, mas que espera que esteja concluído até às eleições autárquicas de 2021.

"O nosso projeto visa dar uma solução nacional a estes movimentos independentes e pugnar pela mudança do sistema eleitoral", explicou.

O programa do futuro partido, segundo o promotor, "nunca poderá ser um partido marcadamente ideológico, mas de causas transversais como o combate à corrupção, o ambiente, a inclusão e a igualdade social".

"Nós não ostracizamos os partidos, mas acreditamos que a solução não se esgota nos partidos", afirmou.

Apesar de não querer revelar o nome, Carlos Magalhães adiantou ainda que está a ser analisada a possibilidade de avançar com um nome de um candidato às presidenciais do próximo ano.

Carlos Magalhães, de 65 anos, é um professor aposentado que integra o movimento cívico Mais para Todos.

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