Elisa Pilarski, grávida de seis meses, foi morta por cães de caça enquanto passeava o seu próprio animal de estimação num bosque junto a Villers-Cotterêts, no norte de França.

A mulher morreu na sequência de "várias dentadas de cão nos membros superiores e inferiores e na cabeça", informou o procurador Frédéric Trinh, citado pela BBC.

A autópsia revelou ainda que a vítima, em resultado das dentadas, sofreu graves hemorragias e perdeu muito sangue.

A polícia está atualmente a fazer testes em 93 cães — incluindo os seis cães de Elisa Pilarski — com o objetivo de identificar os animais responsáveis pela morte.

De acordo com o procurador, Elisa Pilarski estava a passear no sábado na floresta de Retz, a cerca de 80 quilómetros de Paris, quando telefonou ao companheiro dizendo que estava com receio de ser atacada por uma matilha. Este acabou por ir ao seu encontro, acabando por encontrar a mulher já sem vida.

A morte ocorreu entre as 13h00 e as 13h30 (hora local) de acordo com a autópsia.

Angela Van Den Berghe, associada à caçada que estava a ter lugar naquele local, disse que "daquilo que sabemos, o trágico acontecimento que ocorreu não tem qualquer relação com os nossos cães ou com a caçada".

Já a atriz Brigitte Bardot, presidente de uma fundação para o bem-estar animal, exigiu às autoridades francesas que suspendessem de imediato "todas as autorizações para caçadas desta temporada".

Por seu turno, a associação francesa de caça insistiu que "não há provas do envolvimento doa cães de caça na morte" de Elisa Pilarski.