Em comunicado, a organização que representa milhares de reformados adianta que "tem recebido inúmeras reclamações de requerentes de prestações da Segurança Social sobre atrasos significativos que se verificam na atribuição de diversas prestações, nomeadamente, pensões de velhice, sobrevivência, reembolso de despesas de funeral", entre outras.
De acordo com a MURPI, "os atrasos são ainda mais significativos nas situações em que o requerente apresenta exercício de atividade no estrangeiro em país com o qual Portugal se encontra vinculado por instrumento internacional sobre Segurança Social".
As alterações sucessivas às regras de aposentação durante o Governo do PSD/CDS-PP, refere, "conduziram a que um elevado número de trabalhadores da Segurança Social se tenha aposentado, deixando os serviços numa situação muito precária" e "outras medidas promoveram a redução drástica de trabalhadores da Segurança Social que conduziram à redução de oferta de serviços ao público", acrescenta.
A MURPI salienta que "o esforço e empenho dos trabalhadores no ativo não é suficiente para colmatar uma tão grave escassez de pessoal".
Também aponta que o atual Governo, liderado por António Costa, "com as cativações e amarrado ao cumprimento das diretivas de Bruxelas, não tem disponibilizado os meios humanos necessários para inverter esta situação, demonstrando grande insensibilidade social perante o sofrimento e a angústia de milhares de trabalhadores e pensionistas".
Por exemplo, a secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência tinha admitido, em 23 de março, que havia atrasos no pagamento da Prestação Social para a Inclusão (PSI), mas garantiu que até maio todos os beneficiários estarão a receber o subsídio.
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