A ministra da Cultura, Graça Fonseca, salientou que o novo circuito “O outro lado Museu” é uma iniciativa “criativa e importante” que vai ajudar a atrair visitantes a este museu de território.
O diretor do Museu do Douro, Fernando Seara, disse que o objetivo é dar visibilidade a áreas até agora desconhecidas e, ao mesmo, dar reconhecimento às pessoas que ali trabalham.
Assim, depois de visitarem a exposição permanente “Douro: Matéria e Espírito”, os visitante são desafiados a irem aos bastidores, passando pela sala de expurgo, onde se faz a higienização dos documentos, pela sala de quarentena onde se realiza a desinfestação de objetos e documentos, pela sala de conservação e pela oficina de restauro.
“É possível ver os vários níveis de intervenção que nós fazemos nos objetos antes de eles serem expostos e, mesmo os que são expostos, muitas vezes vêm cá para ações de conservação preventiva e limpezas”, explicou o conservador da unidade museológica, Carlos Mota.
Ali podem ser encontrados livros, pinturas, esculturas, talha, mobiliário, objetos de metal ou etnográficos.
“Podem ver como estamos a intervir neles. É uma nova experiência para o visitante”, sublinhou.
Carlos Mota afirmou que se pretende contribuir para a preservação do património da região e conservação de objetos em risco.
Neste espaço já foram recuperados objetos como o sacrário de Caldas de Moledo, o tear de Carrazeda de Ansiães ou o instrumento rabeca chuleira de Freixo de Espada à Cinta.
Também hoje foi apresentado o projeto “Museu mais acessível” que está em fase de conclusão e quer tornar a instituição “acessível a todos os visitantes”.
O objetivo é melhorar as condições de visita de pessoas com necessidades especiais, através de ferramentas como vídeos em língua gestual para surdos, conteúdos em braille para invisuais e áudio guias em português, inglês, francês e espanhol.
“Chegar, ver, conhecer, sentir, cheirar, apalpar, está hoje muito mais disponível para toda a gente que nos visita”, afirmou o diretor Fernando Seara.
A sede do Museu do Douro foi inaugurada há dez anos.
O diretor referiu que a sede foi visitada por 47.000 pessoas em 2018, que pagaram bilhete, e salientou que o número de visitantes tem aumentado nos últimos anos.
As exposições que circularam pelo território foram vistas por cerca de 130.000 pessoas.
O museu possui quatro núcleos museológicos e impulsionou a criação da Rede de Museus do Douro que abrange 48 espaços públicos e privados.
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