“A maior parte das pessoas resgatadas são oriundas do Bangladesh, Paquistão, Egito e Sudão”, declarou a SOS Méditerranée, com sede em Marselha (sul de França).
Os salvamentos foram efetuados em duas fases na região de busca e salvamento da Líbia.
Segundo a SOS Méditerranée, um primeiro “barco de madeira sobrelotado” com 96 pessoas a bordo foi avistado ao início da manhã, seguido, pouco depois, por um outro, com 100 migrantes, disse a ONG.
Imagens publicadas pela ONG na rede social X mostram um barco com muitos migrantes a bordo usando coletes salva-vidas cor de laranja.
As autoridades italianas designaram o porto de Ancona (leste de Itália), “a quase 1.500 quilómetros da zona de intervenção”, como “um local seguro para desembarcar”, acrescentou a SOS Méditerranée.
“Mais uma vez, trata-se de um porto extremamente remoto, que obriga as equipas e os sobreviventes a passar vários dias no mar. Esta prática de atribuição de portos remotos priva o Mediterrâneo central dos seus poucos recursos vitais de busca e salvamento, numa altura em que as partidas são mais frequentes no verão e em que acabamos de ultrapassar o marco de 30.000 pessoas desaparecidas no Mediterrâneo desde 2014”, criticou a ONG.
A SOS Méditerranée resgatou mais de 40.000 pessoas no Mediterrâneo desde 2016, principalmente no Mediterrâneo central, a rota migratória mais perigosa do mundo.
No ano passado, 3.155 migrantes morreram ou desapareceram depois de tentarem atravessar o Mediterrâneo rumo à Europa, segundo os dados mais recentes da Organização Internacional para as Migrações (OIM).
Desde janeiro deste ano, 1.098 migrantes morreram ou desapareceram, segundo a mesma fonte.
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