A AMOR - Associação de Moradores, Comerciantes e Empresários de São João, Penha de França, foi criada recentemente, tendo os órgãos sociais sido eleitos na semana passada, contando já com 16 membros e alguns associados entre moradores e comerciantes desta freguesia da cidade de Lisboa.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da AMOR, Luís Matias, contou que a ideia de criar uma associação surgiu durante o confinamento na sequência da pandemia de covid-19 com o intuito ajudar os moradores e comerciantes a resolver os problemas da freguesia.
“A ideia foi amadurecendo durante a pandemia, durante o confinamento. Nasce curiosamente a 11 de novembro no dia de S. Martinho. É o espírito de solidariedade dentro da freguesia da Penha de França que, com a reforma administrativa em 2013, passou a integrar São João”, disse.
Luís Matias lembrou que a Penha de França é a oitava maior freguesia da cidade de Lisboa.
“A ideia de criar uma associação foi amadurecendo. Fomos falando com vários vizinhos, sejam moradores ou comerciantes, e constatámos que o poder local por vezes esquece-se que tem aqui quase 30 mil eleitores. Os problemas vão-se acumulando”, disse.
O presidente da AMOR exemplificou com a piscina municipal que está fechada há mais de sete anos, o problema do desemprego, da higiene urbana e do estacionamento causado pela falta de opções depois da instalação da Empresa de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL) na freguesia.
“Temos o problema da piscina que está fechada há mais de sete anos e de um terreno na Rua António Gonçalves que estava uma lixeira a céu aberto”, contou.
Luís Matias destacou também as “consequências catastróficas” provocadas pela pandemia da covid-19 tanto a nível económico e social, levando as pessoas a viver com medo e em dificuldade.
“A associação surge com o foco de estarmos cá para poder apoiar o poder local na resolução mais imediata dos problemas que vão surgindo, para apoiar o comércio local não só a ultrapassar esta situação anómala da pandemia, mas também para um futuro. Esta é uma associação pensada, virada e que será feita com amor, ainda que se chame assim porque advém da palavra associação de moradores e embora se possa confundir com amor”, disse.
A AMOR pretende, entre outros, defender a melhoria das condições ambientais e a promoção do bem-estar e qualidade de vida das pessoas, famílias e comunidades, representar os associados junto de entidades e autoridades competentes, pugnar pela defesa, conservação e valorização do património local e participar na gestão de instalações e equipamentos de interesse comum, cultural, desportivo ou de lazer.
Pretende também fomentar a participação da população da sua área na discussão dos problemas que, direta ou indiretamente lhes digam respeito e promover as relações sociais, profissionais e intelectuais entre os seus associados, designadamente através de iniciativas de âmbito social, ambiental, económico, científico, cultural e desportivo.
Luís Matias disse ainda à Lusa que a AMOR quer no futuro transformar-se numa Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS).
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