“Essa estratégia [de 2013] numa parte não teve o sucesso que se esperava. Está em curso a preparação de uma nova estratégia a partir de agora, de 2018” e “naturalmente não deixará de haver, a pensar nos próximos anos, a preocupação de se ir mais longe do que se foi, infelizmente, na estratégia que foi definida, mas não teve o sucesso que se pretendia”, afirmou aos jornalistas Marcelo Rebelo de Sousa.
Para o presidente, que esteve hoje na Maia, distrito do Porto, a participar em celebrações do Dia Internacional da Comunidade Cigana, educação, questões de natureza social e habitação são componentes importantes nesta nova estratégia.
No seu discurso dirigido à comunidade cigana, com quem almoçou, Marcelo disse que a comunidade cigana “faz parte da história de Portugal” há centenas de anos.
“É assim que queremos Portugal, um país aberto, tolerante, compreensivo, onde haja lugar para todos”, sublinhou o presidente, saudando todos ciganos presentes, mas também cidadãos ucranianos, do Bangladesh e uma japonesa que marcaram presença no almoço.
Marcelo dirigiu-se em especial aos mais jovens, afirmando: “O vosso futuro é inseparável do nosso futuro, onde há um cigano em Portugal há Portugal”.
“Sou o Presidente de todos os portugueses, vou também ser o presidente de todos os ciganos portugueses”, disse.
Nesta visita, o chefe do Estado começou por visitar uma exposição fotográfica de Adriano Miranda, no edifício da Câmara da Maia, na qual 12 fotografias a cores retratam ciganas que vivem naquele concelho.
Depois, Marcelo entrou numa tenda montada perto dos Paços do Concelho, na qual visitou todos os stands ali existentes a propósito da Feira Intercultural, organizada pela autarquia local.
A deslocação à Maia, disse Marcelo, teve como objetivo “celebrar” com a comunidade cigana o seu Dia Internacional, que coincidiu "com uma iniciativa da Câmara entre culturas”.
“Há uma coincidência que me permite estar na festa da comunidade cigana, mas também neste encontro de culturas, que se completam no nosso país”, disse Marcelo.
O presidente da República assistiu a danças e cantares daquela comunidade, almoçou cinco pratos tradicionais, como sopa de grão-de-bico e massa, favas com chouriço e, para sobremesa, filhoses, nunca recusando tirar uma fotografia ou uma selfie com os presentes.
"Já sou catedrático em selfies", ditou para uma senhora que, a meio do percurso, que incluiu a paragem numa padaria na zona, lhe pediu uma.
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