De acordo com uma sondagem do YouGov, a oposição trabalhista deve conquistar 425 das 650 cadeiras do Parlamento do Reino Unido, alcançando "o maior número da história do partido", com 39% dos votos.

Isso faria do líder trabalhista Keir Starmer o próximo primeiro-ministro, pondo fim a 14 anos de governos conservadores.

De acordo com esta sondagem, o Partido Conservador ganharia 108 assentos, perdendo 257 assentos em comparação com a composição atual do Parlamento.

O instituto Savanta, por sua vez, chega a estimar uma vitória dos trabalhistas com 516 cadeiras, o dobro do número obtido por Tony Blair em 1997.

Nesse levantamento, os conservadores teriam apenas 53 cadeiras, uma derrota esmagadora e sem precedentes para o partido.

Além disso, o levantamento do Savanta, realizado para o jornal Daily Telegraph, prevê inclusive que o primeiro-ministro conservador Rishi Sunak poderia perder a sua cadeira em Richmond (Yorkshire) para os trabalhistas, uma situação jamais encarada por um chefe de governo, embora as projeções sejam muito próximas.

De acordo com essas duas sondagens, figuras importantes do governo conservador, como o ministro das Finanças, Jeremy Hunt, o ministro da Defesa, Grant Shapps, e a ministra de Relações Parlamentares, Penny Mordaunt, perderiam as suas cadeiras.

Os Liberais Democratas (Lib Dems), um partido centrista, poderiam tornar-se na terceira força no Parlamento, com 67 cadeiras, de acordo com o YouGov, ultrapassando os separatistas escoceses do SNP, em dificuldades por causa do Partido Trabalhista, que conseguiriam apenas 20 cadeiras em Westminster.

O partido de extrema direita Reform UK, do eurocético Nigel Farage, que tem vindo a subir nas sondagens, conquistaria as suas primeiras cinco cadeiras, com 15% dos votos, inclusive em Clacton, no leste da Inglaterra, onde o líder do partido está a candidatar-se, de acordo com o YouGov.

Por outro lado, o Savanta acredita que o Reform UK não conquistaria nenhuma cadeira devido ao sistema de voto distrital maioritário em turno único, marcando a oitava derrota de Farage, que já foi membro do Parlamento Europeu, mas nunca conseguiu entrar para o Parlamento britânico.

O instituto acrescenta que as disputas de mais de 100 cadeiras têm margens tão estreitas entre os candidatos a vitória pode ir para qualquer um dos lados.