Em comunicado, o CHUC informa que vacinou até agora 4.458 funcionários, o que representa 55% do universo de trabalhadores da instituição, que reúne vários hospitais e serviços de saúde públicos de Coimbra.
“Na primeira avaliação pós vacinal dos cerca de 2.100 funcionários vacinados (primeiro grupo que aderiu e já com as duas doses), cerca de 97% respondeu de forma adequada produzindo anticorpos em níveis elevados, garantindo assim, com elevado grau de probabilidade, uma proteção contra a estirpe para a qual foi desenvolvida esta vacina”, adianta, ao divulgar “alguns dados preliminares” do processo.
O CHUC refere que os serviços de Saúde Ocupacional e Patologia Clínica deste centro hospitalar, “em articulação, estão a levar a cabo um estudo serológico alargado, proposto a todos os funcionários, com o objetivo de monitorizar a eficácia da vacinação”.
“Este estudo, com uma adesão praticamente total, é constituído por uma determinação pré-vacinal que permite a avaliação do estado basal da população, seguida da avaliação pós-vacinal, com o objetivo de determinar a intensidade da resposta serológica à vacina”, explica.
Estas fases serão depois “complementadas com a avaliação ao longo de um ano, permitindo assim monitorizar a duração da resposta humoral, através de determinações seriadas do título de anticorpos específicos para SARS-CoV-2, aos três, aos seis e aos 12 meses”.
“Na avaliação basal da população da instituição, candidata às primeiras fases de vacinação, cerca de 4,8% apresentavam já anticorpos, em título significativo, tendo na sua maioria apresentado situações frustes e aparentemente assintomáticas”, segundo a nota, difundida numa altura em que “mais de metade da população ativa” do CHUC foi contemplada com duas doses de vacina ‘Pfizer’, com intervalo de três semanas.
A vacinação “desenvolve dois tipos de imunidade: a imunidade celular e a imunidade humoral, sendo esta última mais fácil de avaliar através de doseamento de anticorpos tipo imunoglobulina G, anti-SARS-COV-2″.
O trabalho de avaliação abrangerá ainda, “até ao final desta semana, mais cerca de 1.700 funcionários, ficando assim o CHUC com uma avaliação realizada” a 3.800 dos seus trabalhadores.
“Foi verificada ainda uma ligeira variabilidade do título de anticorpos em função da idade, com os mais jovens a produzirem, em média, ligeiramente mais anticorpos, podendo justificar algumas reações secundárias à vacina, mais exuberantes”, esclarece.
De acordo com o comunicado, “os raros casos de ausência total de resposta à vacina ou os que responderam com títulos muito baixos de anticorpos, na maioria das situações apresentaram alguma forma de imunossupressão e ou patologias crónicas associadas”.
Os serviços de Patologia Clínica e Saúde Ocupacional do CHUC “vão dar continuidade à monitorização serológica aos três, seis e 12 meses, visando sobretudo confirmar a duração da imunidade, bem como a determinação do timing certo para uma possível revacinação”.
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