Na terça-feira, cerca de 30 pessoas ficaram feridas após um novo confronto entre forças de segurança e manifestantes que protestavam contra o Governo da Bolívia e em apoio ao ex-presidente Evo Morales, investigado por um alegado caso de abuso sexual.
O confronto ocorreu em Mairana, no departamento de Santa Cruz, um dos pontos bloqueados desde 14 de outubro por camponeses, que bloquearam estradas importantes com pedras, segundo várias autoridades.
"Os feridos são 29 [...], dos quais 27 são polícias efetivos", disse a ministra da Saúde, María René Castro.
Outros dois feridos são um jornalista e um manifestante, acrescentou Castro durante uma conferência de imprensa.
O hospital de Mairana informou à AFP que assistiu quatro feridos, que foram transferidos para a cidade de Santa Cruz com traumatismos crânio-encefálicos, afirmou a médica María Veizaga.
O confronto ocorreu quando as forças de segurança entraram em ação para desobstruir a estrada em Mairana.
Os manifestantes também retiveram durante horas vários efetivos da polícia de choque e dois jornalistas da emissora de televisão Red Uno.
"Atiravam pedras, paus e chegaram a detonar dinamite", disse à imprensa o repórter Ricardo Pedraza.
As pessoas retidas foram libertadas numa troca por manifestantes detidos pelas autoridades, afirmou a Defesa do Povo num comunicado, sem dar detalhes sobre o número.
Em Parotani, na estrada que liga Cochabamba a La Paz, milhares de seguidores de Morales exigiram a renúncia do presidente Luis Arce como condição para acabar com os bloqueios.
"Até que ele renuncie, o povo vai continuar mobilizado", disse Constancio Vallejos, um agricultor, de 37 anos, de Parotani.
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