“O cenário que eu tenho na mente é o da vitória desta coligação para não depender de mais ninguém e é para isso que têm de trabalhar todos os dias. Tudo o resto são especulações para analistas (…) O empenho da coligação deve ser no sentido de fazer por si e vencer as eleições sem depender de outros”, afirmou, em declarações à Lusa.
Nuno Melo falava na Praia da Vitória, na ilha Terceira, acompanhado pelo líder do CDS-PP/Açores, Artur Lima, e pelo cabeça de lista da coligação pelo círculo eleitoral da ilha Terceira às legislativas regionais dos Açores, António Ventura (PSD), no penúltimo dia de campanha eleitoral.
O dirigente centrista garantiu acreditar numa “vitória muito sólida, que permita à coligação só depender de si para continuar a governar muito bem os destinos da região”, apesar de as sondagens não atribuírem esse resultado.
“Nós aprendemos no CDS a estar vacinados ao longo de muitos anos em relação às sondagens. A boa sondagem é feita nas urnas e nas mesas de voto”, vincou, alegando que se houver “justiça nas urnas” a coligação terá maioria.
Questionado sobre um possível acordo de governo com o Chega nos Açores, após as eleições de domingo, Nuno Melo recusou comentar, mas defendeu que a coligação “deve fazer tudo para não depender” de um partido que fez uma “coligação negativa” para fazer cair o executivo.
“A única coligação que há nos Açores é negativa e é entre o Partido Socialista, o Chega e a Iniciativa Liberal, que se juntaram para fazer cair um Governo que estava a servir muito bem os destinos dos açorianos e portanto se quiserem falar de coligações avaliem a coligação em causa própria”, salientou.
Já quanto ao impacto que o resultado dos Açores terá nas eleições legislativas nacionais, em 10 de março, Nuno Melo disse esperar que seja positivo.
“Tudo o que acontece nos Açores acaba por ter impacto no plano nacional, mas, precisamente porque eu acredito que aqui a vitória da coligação será robusta, eu espero que esse impacto seja bom e inspire também aquilo que vai acontecer no dia 10”, apontou.
O líder centrista falava à porta do bairro ‘Nascer do Sol’, na Praia da Vitória, por onde já passaram também na campanha e pré-campanha os líderes do PS/Açores, do Livre e do PSD.
Em 2015, quando reduziu o efetivo militar na base das Lajes, a Força Aérea norte-americana cedeu dois bairros, com cerca de 450 casas, ao Estado português.
Três anos depois, as habitações foram cedidas oficialmente ao executivo açoriano, na altura do PS, que chegou a prever a criação de um polo tecnológico para o local, mas o projeto não avançou.
O atual executivo (PSD/CDS-PP/PPM) anunciou que iria arrancar, no primeiro semestre deste ano, com a reabilitação de 92 habitações, com fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Nuno Melo disse que o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, que foi ministro das Infraestruturas e da Habitação, e o líder do PS/Açores, Vasco Cordeiro, ex-presidente do Governo Regional, “são rostos de uma governação totalmente falhada em matéria de política de habitação”.
Onze candidaturas concorrem às legislativas regionais noss Açores: PSD/CDS-PP/PPM , ADN, CDU (PCP/PEV), PAN, Alternativa 21 (MPT/Aliança), IL, Chega, BE, PS, JPP e Livre.
Comentários