Em comunicado, a coligação considera que o encerramento dos equipamentos públicos é uma “atitude responsável”, a par da realização de “análises urgentes”.

“Em situações de surto/foco são precisas respostas rápidas para uma atuação que, por si, também tem que ser célere, face à gravidade da situação, de forma a eliminar focos de infeção”, refere a coligação.

Para a coligação, a “gravidade da situação” implica, “por precaução”, a tomada de “medidas de forma a eliminar focos de propagação”.

“Deveriam ser encerradas imediatamente as piscinas municipais e serem efetuadas as operações de investigação imediata através de análises, desinfeção e limpeza dos espaços. Estamos a falar de um equipamento público que é usado por milhares de pessoas diariamente. Além disso, também se devem descartar as hipóteses dos pavilhões municipais e efetuar o mesmo procedimento”, recomenda.

Para a coligação O Concelho em Primeiro, “prevenir passa por ter um plano de avaliação de riscos, de manutenção e de ação imediata”.

“Encerrar por 24 horas as piscinas municipais, efetuar análises de urgência e verificar a possibilidade de foco de infeção nestes equipamentos era o que já deveria ter sido feito. Nenhuma medida é exagerada quando o que está em causa é a saúde pública. O sucesso no combate aos focos de infeção está sempre na rapidez da resposta e na agilização de procedimentos de mitigação de problemas. É isso que se exige a quem está à frente dos destinos do concelho”, adianta.

Segundo a coligação, “é preferível saber-se amanhã que foram descartadas as hipóteses de o foco ser nas piscinas municipais do que perceber que o surto se descontrolou por falta de ação imediata”.

O número de pessoas do concelho de Caminha infetadas com ‘legionella’ subiu para sete, disse hoje à agência Lusa fonte da Saúde Pública.

Segundo aquela fonte da Unidade de Saúde Pública do Alto Minho, o sétimo doente é um homem de 97 anos.

A mesma fonte especificou que cinco doentes estão internados no hospital de Santa Luzia, em Viana do Castelo, e um sexto, um homem de 86 anos, acamado, está a ser acompanhado no domicílio.

Segundo a fonte, este idoso de 86 anos foi diagnosticado no hospital de São João, no Porto.

Das cinco pessoas hospitalizadas, uma senhora de 60 anos está internada nos cuidados intensivos, sendo que as autoridades continuam a investigar a origem da infeção.

Em declarações aos jornalistas, o delegado de saúde do Alto Minho, Luís Delgado, disse que a maior parte dos doentes “reside a 500/600 metros” de uma área de Vila Praia de Âncora que está a ser investigada, a par de outras zonas “suspeitas”.

“Pode ser uma zona onde exista eventualmente um ar condicionado, um fontanário ou equipamentos de irrigação que possam gerar aerossóis”, explicou.

O delegado de saúde notou que existe “uma equipa grande, de saúde ambiental e saúde pública, no terreno a identificar as situações”.

“A primeira fase é de suspeita. Depois temos de confirmar se a suspeita se confirma”, observou Luís Delgado.

O responsável acrescentou não poder confirmar se os equipamentos municipais foram já descartados como estando na origem da contaminação.

“Há várias suspeitas em Vila Praia de Âncora”, freguesia do concelho de Caminha, no distrito de Viana do Castelo, disse.