Li Keqiang falava durante a abertura da sessão anual da Assembleia Nacional Popular, o órgão máximo legislativo da China, com o seu discurso a ilustrar a importância do combate à poluição para a liderança do país.
As vagas de poluição que regularmente afetam as cidades chinesas são umas das principais causas de descontentamento popular na China, a par da corrupção e desigualdade social.
No relatório do governo apresentado hoje, Li afirma que as "pessoas estão desesperadamente à espera" de um progresso mais rápido na melhoria da qualidade do ar.
O primeiro-ministro chinês disse que o Governo quer acelerar a modernização das centrais a carvão e integrar as fontes de energia renovável na rede de distribuição elétrica.
"Vamos tornar os nossos céus azuis outra vez", disse Li.
Grande parte do norte da China foi atingido este ano por um denso manto de poluição, que afetou mais de 100 milhões de pessoas e forçou o Governo a adotar medidas de emergência.
Li Keqiang disse ainda que a China vai "basicamente" retirar da estrada todos os veículos com altos níveis de emissão e reduzir na ordem dos 3% as emissões de dióxido de enxofre e óxido de azoto, dois dos principais poluentes atmosféricos.
Três décadas de acelerado desenvolvimento económico permitiram retirar da pobreza centenas de milhões de chineses, mas tiveram efeitos devastadores para o ambiente do país.
A China promete há muito acabar com a poluição, mas a necessidade de alcançar um rápido ritmo de crescimento económico, que o Governo considera essencial para manter a estabilidade social, tem adiado as reformas.
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