Promovido uma vez a cada cinco anos, o encontro Acareg de 2018 realiza-se na floresta do Buçaquinho, tem como lema "Mund@-te" e proporciona aos escutas de 124 agrupamentos alguns "dias de vida em campo", no que o objetivo é estimular uma reflexão sobre a sua atividade e levá-los a "a viver o mundo de forma empenhada e comprometida".
Hugo Carvalho é o chefe regional do Porto e revelou à Lusa que, entre os 9.175 escutas do território, os 2.500 agora reunidos em Ovar cobrem um leque etário dos 6 aos 22 anos.
"Na essência, o encontro é uma forma de celebrar o espírito de fraternidade que caracteriza o escutismo e promover a união entre todos os escutas", afirmou o responsável.
O chefe regional do Porto explicou ainda que este ano está a ser promovida também a ideia de que “os escutas se devem entregar ao mundo e procurar transformá-lo para melhor, o que assenta muito no incentivo a uma evolução ecologicamente sustentável e em respeito pelas diferentes culturas do mundo”.
Para isso, o acampamento de Ovar está organizado de acordo com os diferentes continentes do planeta, apresentando-se decorado por estruturas alegóricas concebidas por grupos do Carnaval de Ovar.
Caminhadas, ‘workshops’ artísticos, formação ambiental e atividades desportivas são algumas das ações previstas no programa, que foi definido de acordo com a idade dos destinatários e leva cada grupo etário a analisar temáticas relacionadas um continente distinto.
Assim, os chamados Lobitos, dos 6 aos 10 anos, vão concentrar-se na Ásia, enquanto os Exploradores, dos 10 aos 14, se debruçarão sobre África. Já os Pioneiros, dos 14 aos 18, terão como foco a Europa, enquanto os Caminheiros, dos 18 aos 22, vão analisar as Américas.
A Oceânia, por sua vez, servirá de tema a uma área comum a todas as idades, estando reservada para atividades de aventura como escalada e manobras com cordas.
O Corpo Nacional de Escutas do Escutismo Católico Português foi fundado em 27 de maio de 1923 e, segundo os seus diretores, é hoje a maior associação de juventude em Portugal, com cerca de 72.000 escuteiros distribuídos por 1.030 agrupamentos de todas as regiões do país.
Para Hugo Carvalho, a estrutura vive hoje "um bom momento" na globalidade do território nacional, sobretudo "porque tem um efetivo estável e a sua população infantil está a crescer".
"Além disso, somos um caso de sucesso a nível internacional, porque temos uma elevada taxa de permanência dos Caminheiros, que são os escutas mais velhos, na fase final do percurso pedagógico escutista", declarou o chefe regional do Porto. "Destacamo-nos porque essa taxa é alta em Portugal comparativamente à de muitos países na Europa e mesmo no mundo", concluiu.
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