“É incompreensível a decisão do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho de encerrar duas vagas de cuidados intensivos da Unidade de Neonatologia, pela necessidade de mobilizar enfermeiros desta unidade para outros serviços. Esta atitude prejudica a população dos concelhos a Sul do Douro porque implica a transferência imediata de grávidas e recém-nascidos para outras unidades do país, por vezes, longe da área de residência”, referiu a associação, numa nota enviada à Lusa.
A 1 de dezembro, o centro hospitalar encerrou duas camas na unidade de neonatologia devido a uma diminuição no número de enfermeiros, realçando que a situação é “provisória”.
“Esta situação é provisória e aguarda a autorização da tutela para contratação, por substituição, de enfermeiros, prevendo-se a sua resolução no final da próxima semana”, adiantou a unidade de saúde à Lusa, numa resposta escrita.
Os pais consideram que esta “decisão arbitrária” do conselho de administração “compromete a assistência materno fetal” especializada, nomeadamente da Unidade de Procriação Medicamente Assistida e do Centro de Diagnóstico Pré-Natal, que é uma “referência nacional, pela realização de técnicas altamente diferenciadas”.
“Como representantes da Associação de Pais Prematuros, vimos contestar a displicência com que o conselho de administração abordou este tema, desvalorizando, perante a Comunicação Social, o impacto deste encerramento”, salientou.
Exigindo a “reabertura imediata” das camas, a associação entende que a administração “não tem conhecimento” do que se passa numa Unidade de Cuidados Intensivos, acrescentando que “não são duas camas, são duas vidas”.
A Associação Pais Prematuros realçou que um bebé prematuro ou um nascimento de risco precisa de resposta imediata, fazendo um minuto “toda a diferença”.
E questionam: “se é só uma semana, porquê de retirarem esses enfermeiros altamente especializados para outra unidade”.
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