"O Santo Padre nomeou Bispos Auxiliares do Patriarcado de Lisboa: o Rev.mo Senhor D. Nuno Isidro Nunes Cordeiro, do clero do mesmo Patriarcado, até agora Vigário Geral, atribuindo-lhe a sede titular de Sebarga; o Rev.mo Senhor D. Alexandre Coutinho Lopes de Brito Palma, do clero do mesmo Patriarcado, até agora Prefeito de Estudos do Seminário Maior de Cristo Rei dos Olivais, atribuindo-lhe a sede titular de Tepelta", pode ler-se no comunicado da Santa Sé.

Numa nota publicada pelo Patriarcado de Lisboa, D. Rui Valério saúda os novos bispos. "Esta ocasião enche de júbilo o nosso coração e eleva o nosso regozijo de louvor e gratidão ao Senhor. Pastores dedicados, e próximos do santo povo de Deus, trazem à nossa amada Diocese o cunho da sua vocação de serviço a Cristo e à Igreja", pode ler-se.

"Agradecemos a Deus o dom destes dois pastores que Ele coloca de um modo novo ao serviço desta Diocese de Lisboa. Agradecemos igualmente ao Papa Francisco, que, com estas nomeações, veio não só responder a uma real necessidade do Patriarcado, como reacendeu, em nós, a chama da esperança para caminharmos rumo à festa do Jubileu", é ainda referido.

Nuno Isidro Nunes Cordeiro, de 59 anos, é vigário-geral do Patriarcado de Lisboa, desde 2011, e diretor espiritual do Seminário dos Olivais desde 2017, além de membro nato do Conselho Presbiteral.

D. Alexandre Coutinho Lopes de Brito Palma, de 45 anos, foi recentemente nomeado presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023.

Segundo o Patriarca de Lisboa, "em cada um dos novos bispos auxiliares confluem qualidades excecionais, que enriquecerão a caminhada cristã das paróquias, comunidades e todas as realidades sociais, culturais e humanas do Patriarcado".

"Com um deles, somos chamados a redescobrir e aprofundar o sentido espiritual da vida. Com o outro, aprenderemos um sentido mais profundo para ler e compreender a ação de Deus no mundo. Ambos têm uma consciência profunda da identidade da Igreja hoje, especialmente o sentido missionário, que deve impregnar toda a vida eclesial, e o estilo sinodal, no decidir e no agir. Embebidos de nova e mais exigente responsabilidade pastoral, o Patriarcado de Lisboa é o campo onde, com Cristo, lançam a semente para dar o alimento da Palavra e do Anúncio", explica.

"As nossas felicitações a D. Nuno Isidro Cordeiro e a D. Alexandre Palma por terem respondido ‘sim’ ao convite do Senhor, vão acompanhadas por afetuosas boas-vindas desta Igreja, onde nasceram para a nova vida de Deus e para a fé, com a qual se identificam, e que sempre serviram como pastores zelosos e dedicados. D. Nuno Isidro Cordeiro, com o traço caraterístico de vida espiritual séria e intensa; D. Alexandre Palma, com a profundidade reflexiva da fé e da humanidade; Ambos peregrinos confiantes na graça de Deus e na santidade", remata.

A ordenação episcopal de D. Nuno Isidro e D. Alexandre Palma está marcada para o dia 21 de julho, às 16h00, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.

Novos bispos auxiliares deixam mensagem sobre nomeação

Numa mensagem publicada pelo Patriarcado de Lisboa, D. Nuno Isidro diz assumir o cargo como um “dom para o serviço” e não “como honra humana”.

“O Papa Francisco nomeou-me como bênção de Deus para vós, no labor da missão de anunciar o Evangelho de Jesus Cristo, única fonte de salvação. De modo nenhum aceito como honra humana, mas inteiramente como dom para o serviço, tomando a cruz para O seguir. Se vos sou dado como Pastor, é para exigirdes tudo de mim e nada menos do que Jesus Cristo. Mas haveis de ser complacentes com o pouco que sei e sou capaz de dar. A única alegria que quero viver é a de vos oferecer Jesus”, refere.

“Certamente não corresponderei às expectativas acerca da minha pessoa para o governo desta porção do povo de Deus, mas procurarei, sobretudo, ser presença do amor de Deus para cada pessoa, em obediência ao mandato de Cristo”, afirma.

O novo bispo é natural de A-dos-Cunhados, no Concelho de Torres Vedras, tendo sido ordenado padre em 1 de julho de 1990.

Por sua vez, D. Alexandre Palma, natural de Lisboa, diz que demonstra "gratidão" e "entusiasmo" pela nomeação episcopal.

“Continuaremos a caminhar sempre para sermos mais parecidos a Jesus, mais identificados com Ele, na certeza de que havemos de dar um testemunho alegre, descomplexado, atraente da nossa fé. Sobretudo, darmos as mãos com todos para construirmos uma sociedade mais justa, mostrando o valor público da nossa fé cristã e da nossa existência como Igreja. É assim que me disponho a, com todos vós, continuar a fazer este caminho que é sempre o mesmo e o único, que é Jesus e o seu Evangelho", frisa o novo bispo.

O bispo diz ainda que pretende “dar um testemunho alegre, descomplexado, atraente da (…) fé” e contribuir para a construção de uma “sociedade mais justa”.

Além destes dois novos bispos auxiliares, mantém-se em funções também o bispo D. Joaquim Mendes. Até outubro de 2023, o Patriarcado contou como bispo auxiliar com o atual bispo de Setúbal, cardeal D. Américo Aguiar.