De acordo com a agência de notícias Europa Press, a porta-voz de uma das líderes da AfD, confirmou que o grupo parlamentar Identidade e Democracia (ID) ainda não está a contar com o partido de extrema-direita, que ficou em segundo lugar nas eleições de domingo, apenas atrás da União Democrata-Cristã (CDU).

A 23 de maio, a ID decidiu expulsar toda a delegação da AfD devido aos escândalos que envolveram Krah, embora já fosse público que, após as eleições, os alemães não seriam bem-vindos de volta ao grupo de extrema-direita.

Depois de Krah ter afirmado que “nem todos na organização nazi das SS eram criminosos”, a União Nacional (RN, na sigla em francês) em França e a Liga do vice-primeiro-ministro italiano, Matteo Salvini, indicaram que não iriam continuar a partilhar o grupo parlamentar com os alemães.

Na segunda-feira, após as eleições, a AfD excluiu Krah da delegação de eurodeputados por várias políticas.

A informação foi anunciada pelo próprio Krah, num vídeo que publicou na sua conta da plataforma social X (ex-Twitter).

No final de abril, um dos funcionários da AfD em Bruxelas foi detido por suspeita de espionagem a favor da China e o Ministério Público de Dresden (leste da Alemanha) abriu um processo preliminar para determinar se Krah também pode ter recebido pagamentos de Pequim.

Juntamente com o seu ‘número dois’, Petr Bystrom, Krah é também suspeito de ter recebido dinheiro de Moscovo em troca da divulgação de certas opiniões pró-russas, por exemplo, através da plataforma Voz da Europa.

A AfD conquistou seis dos nove assentos parlamentares no domingo e ficou em segundo lugar na Alemanha, com 15,9% dos votos, atrás dos democratas-cristãos (30%).

O SPD do chanceler Olaf Scholz obteve 13,9%, o seu pior resultado de sempre numa eleição nacional.

A taxa de participação nas eleições europeias na Alemanha foi de 64,8%, um número sem precedentes desde a reunificação.

Cerca de 361 milhões de eleitores dos 27 países da União Europeia (UE) foram chamados a escolher a composição do próximo Parlamento Europeu, elegendo 720 eurodeputados, mais 15 que na legislatura anterior.

A Portugal cabem 21 lugares no hemiciclo europeu.