A iniciativa denominada Projeto Paleo-Primata é liderada pela paleoantropóloga e primatóloga portuguesa Susana Carvalho.
Segundo aquela responsável, estão identificados “vários sítios fósseis promissores no Parque da Gorongosa” e arrancou aquilo que poderá ser “um esforço de exploração e pesquisa de várias décadas”.
No final, poderão surgir “novas ideias sobre quando e como os primeiros antepassados humanos evoluíram em África”, refere, citada hoje num comunicado do Parque da Gorongosa.
Outro ramo do projeto multidisciplinar “é o foco no estudo de primatas modernos, e as suas adaptações comportamentais à ecologia da Gorongosa, para modelar como, no passado, os ancestrais humanos podem ter conseguido viver em habitats semelhantes”, acrescenta o comunicado.
Já em 2017, em declarações à Lusa, na Gorongosa, Susana Carvalho referia que aquela zona é “a única parte do Rift [vale africano transnacional] que ainda não foi estudada em termos de evolução humana”, assinalando que os levantamentos geológicos iniciais apontam para cronologias que abrangem o período de sete milhões de anos, quando surgiram os primeiros hominídeos.
O parque apresenta a Escola de Campo Paleo-Primata Oxford-Gorongosa como “a única escola de campo do continente africano que oferece formação interdisciplinar em Paleoantropologia, Primatologia e Ecologia”.
Metade dos estudantes são selecionados em universidades moçambicanas de todo o país.
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