Liberais Democratas, nacionalistas galeses do Plaid Cymru e os Verdes fizeram um pacto para apoiar um único candidato em 60 círculos eleitorais, enquanto que o Partido do Brexit, de Nigel Farage, desistiu de concorrer nos 317 círculos onde o Partido Conservador venceu em 2017.

Porém, com tanto em jogo, continuam a existir movimentações de última hora e, perante a renúncia voluntária do candidato liberal democrata em Canterbury, Tim Walker, para favorecer a trabalhista Rosie Duffield, os Lib Dems estão a ser pressionados para não competir naquele assento tradicionalmente conservador.

“O pior resultado seria a vitória dos conservadores retrógrados, desfalcados de [candidatos] moderados e apoiados pelo Partido do Brexit”, escreveu a comediante e ativista política Sandi Toksvig no jornal The Guardian.

Ao todo estão em jogo 650 assentos na Câmara dos Comuns, podendo candidatar-se cidadãos britânicos, irlandeses ou de países da Commonwealth residentes no Reino Unido com mais de 18 anos, com exceção de polícias, militares, funcionários públicos e juízes.

Alguns dos candidatos já sabem há mais de um ano que iam concorrer, muitos foram selecionados nas últimas semanas ou dias e vários ainda estão indecisos ou dependentes dos respetivos partidos.

Clima de crispação levou à desistência de 79 deputados

O crescente elevado nível de insultos e ameaças ou a divergência com as lideranças partidárias levou pelo menos 79 deputados a desistirem, incluindo conservadores moderados como Amber Rudd, Justine Greening e Rory Stewart.

Outros “proscritos” do partido por Boris Johnson, como David Gauke e Dominic Grieve, vão concorrer como independentes.

Nos partidos da oposição, o pró-europeu Owen Smith e a eurocética Kate Hoey deixam de representar o Partido Trabalhista e os Liberais Democratas ficam sem o antigo líder Vince Cable e Norman Lamb.

Estas ausências abrem oportunidades para novos nomes, como Steve Bray, que protagoniza os protestos anti-‘Brexit’ junto ao parlamento desde 2016.

Normalmente, as eleições atraem também milhares de candidatos independentes que vão fazer campanha sobre questões locais específicas ou por irreverência, como o “Official Monster Raving Loony Party”, um partido que já existe desde 1983.

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