Pedro Passos Coelho falava na apresentação da candidatura do economista Álvaro Almeida, que lidera como independente a coligação “Porto Autêntico”, que integra PSD e PPM.
“Vai uma grande diferença entre candidatar nas nossas listas uma personalidade independente que muito prezamos e respeitamos ou desistir de candidatar para apoiar um independente, são duas coisas muito diferentes”, disse Passos Coelho.
O líder do PSD referiu que “o Porto está parado há quatro anos, um pouco como se passa no país”.
“No Porto vive-se hoje da herança que foi recebida e do adiamento. Nada se passa. Gere-se aquilo que é a conjuntura e, portanto, uma vez que a herança era boa e que o Porto está na moda (...) pensa-se que com isto se constrói o futuro, e não é assim”, sublinhou.
Em seu entender, “no Porto como no país, se ambicionamos alguma coisa para futuro temos de fazer mais do que administrar o que herdámos e beneficiar da conjuntura. É preciso atuar sobre o tecido económico, sobre o tecido social, é preciso criar um dinamismo próprio que nos possa permitir sonhar mais alto e atingir metas mais ambiciosas para futuro”.
“Se apenas estivermos a gerir as circunstâncias, aquilo que vai acontecer é o definhamento. Ora, o Porto e o país precisam que o Porto seja, tem de ser, um centro importante cosmopolita, aberto, mas que consiga também fixar em toda a região uma dinâmica económica importante, do ponto de vista cultural que seja mobilizadora, em que as pessoas estejam no centro da ação política e não a fazer a decoração, o décor da política”, acrescentou.
De acordo com o líder do PSD, o candidato Álvaro Almeida “tem mostrado não apenas do ponto de vista profissional, mas do ponto de vista cívico e político ser alguém muito bem preparado para exercer a função de liderança que o Porto precisa”.
“Muitas vezes, quando ouvimos o debate público somos levados a pensar que as eleições autárquicas já estão decididas, o PSD está sempre no centro das avaliações como se fosse o único partido a concorrer, muitas vezes cria-se a ideia de que as eleições autárquicas são um obstáculo intransponível para o PSD. Está decidido que vamos perder as eleições autárquicas”, referiu.
E acrescentou: “Na verdade, não sei se esta abordagem corresponde a uma intenção de desmobilizar o PSD e de criar algum desânimo entre os seus eleitores, mas àqueles que estão a prestar este serviço de baixar tanto as expectativas para as eleições autárquicas eu gostava de dizer que somos daquela raça que nunca nos deixamos desmobilizar, mesmo quando pintam o retrato mais adverso à escala nacional”.
“E, portanto, contem, nos momentos de maior adversidade, com a maior união, coesão e motivação, quer do nosso partido, quer do nosso eleitorado, para fazer destas eleições um grande momento de afirmação política, cívica e de maturidade do grande partido que é o PSD”, frisou.
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